Música

Crítica X Factor Brasil Top 6: ao vivo, Jenni desponta como a melhor preparada para ser estrela

X Factor Brasil 2016

Programa desta segunda foi falho no tema músicas do cinema, mas compensou com a segunda parte do episódio

A noite desta segunda, dia 14 de novembro, foi bastante plural no X Factor Brasil, que teve de tudo um pouco. Boa apresentações, más apresentações, candidatos despontando, erros técnicos, erros de coreografia, falhas nas escolhas das músicas… enfim, realmente, de tudo um pouco.

Mas se tivermos que lembrar somente um fato marcante, poderíamos citar as duas apresentações de Jenni, que neste top 6 mostrou muito diferente de todos, ou quase todos os outros candidatos, inclusive a sua colega de grupo, Heloá, outro grande talento desta edição.

Mas Jenni é única. Artista, performática, com uma bagagem musical bem rica, aparentemente, e principalmente, com boa e poderosa voz, que no fim das contas é o que mais importa para alguém que queira ser cantor. Ela, que ironicamente. Tinha sido a mais prejudicada na semana passada pela escolha da música por parte de sua mentora, Alinne Rosa, desta vez teve o papel invertido, e neste caso, devemos aplaudir Alinne, que ao menos nas escolhas das canções vem se mostrando a melhor das mentoras.

Na primeira apresentação, uma surpresa. All About That Bass, de Meghan Trainor, cantada de forma pessoal, muito autoral, mostrando muito do que esta menina quer ser, e já é, como artista. Ela trouxe o balanço do jazz, com uma performance muito criativa, marcante e bem desenvolvida do ponto de vista da voz, dos altos e baixos da canção. Tudo soou muito agradável.

Na segunda apresentação, outra surpresa, Beijinho no Ombro, uma das músicas mais conhecidas dos últimos anos. Novamente ela deixou a sua marca na música e fez a canção ser dela. Não tão sensacional quanto a primeira apresentação, mas ainda assim, muito melhor que quase todos os outros candidatos.

Jenni foi sem dúvida a grande vitoriosa da noite no X Factor Brasil, ao menos do ponto de vista técnico. Pode ser que ela seja uma das eliminadas da semana; seria uma enorme injustiça, mas estamos cansados de ver coisas do tipo em realitys musicais mundo afora.

Se Jenni foi a melhor, Cristopher foi o segundo, bem na cola dela. Ele tem um poder vocal impressionante, o melhor da competição, e a sua perfomance de Bang, Bang, foi maravilhosa, mesmo com os problemas técnicos da produção do programa, que devem ser evitados, mesmo sabendo que são questões naturais em apresentações ao vivo.

Cristopher desponta como candidato ao título do X Factor Brasil também. Tem voz, e presença de palco, mas ainda falta aquele x factor, que talvez seja no figurino, ou no processo de produção. Ele tem o mais importante, falta somente detalhes para despontar.

Outro destaque, negativo, foi o grupo Ravena. Duas apresentações medianas, que já não dá mais para tolerar nesta fase do programa. As meninas possuem todo o crédito e torcida da equipe X Factor Brasil, isso é fato, mas já está na hora de começarem a cantar melhor, entregarem apresentações mais dinâmicas e com boa harmonia vocal. Vem pecando em tudo isso.

Conrado foi outra decepção. Sua voz casa muito bem com um determinado tipo de música, e somente este tipo. Fábio Jr na semana passada foi perfeito. As duas de hoje foram o oposto. Para cantar Renato Russo e Bom Jovi a pessoa precisa ter personalidade, coisa que Conrado ainda está desenvolvendo, em fase embrionária.

Heloá e Diego ficaram numa média, Diego para mais e Heloá para menos.

Por merecimento, Ravena e Diego seriam os eliminados da semana, mas é muito difícil que ambos saiam, pois possuem grandes fãs clubes. Pode sobrar para Heloá, e até mesmo para Cristopher. Seria uma pena.

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