X-Men Apocalypse
Ao final, a sensação é justamente a de um filme que funciona bem no elo emocional que liga seus personagens, apesar de ter dado um passo atrás ao optar por um vilão simplório e convencional
Por João Paulo Barreto
Existe um fator emocional que sempre funciona bem nos filmes dos X-Men. Independente dos cineastas, seja Bryan Singer, Brett Ratner ou Matthew Vaughn que ocupem a função de diretor dos exemplares da franquia, dentre acertos e erros cometidos na criação dos longas, há algo sempre acima da média: o modo como os personagens conseguem se interligar emocionalmente e a forma eficiente como os realizadores constroem isso para o público.
Mesmo com um resultado final abaixo dos dois filmes anteriores, First Class e Dias de um Futuro Esquecido, X-Men: Apocalipse erra pouco. E, o mais importante, seus acertos acabam por suplantar possíveis equívocos que encontramos aqui e ali durante os 144 minutos de projeção. Dentre os acertos, justamente a citada força de sua história ao trabalhar bem a ligação emocional de seus personagens.
Aqui, vemos novamente a tragicidade da vida Eric Lehnsherr, o Magneto, cumprir boa parte da carga dramática que sustenta o roteiro do longa. Na perda dos seus entes mais queridos, algo que já vimos de modo semelhante no primeiro exemplar da nova trilogia, e na descoberta desse fato pelo seu amigo Charles Xavier, é onde está, em Apocalipse, a principal relevância do filme.