Crítica

Domingo Maior desta semana exibe o sensacional O Impossível. Crítica

O Impossivel

Filmaço de 2012, O Impossível foi um dos grandes destaques daquele ano no cinema; sua cena inicial é arrebatadora

A sessão Domingo Maior desta semana, que vai ao ar neste domingo, 19 de novembro, vai exibir um dos melhores filmes destes últimos anos. Com Naomi Watts estrelando, O Impossível é o grande destaque da noite deste domingo e promete deixar todos de olhos arregalados de tão bom que é o filme.

O Impossível

Maria (Naomi Watts) e o filho mais velho, Lucas (Tom Holland), vão para um lado da ilha, enquanto Henry (Ewan McGregor) e os dois filhos mais novos, Simon (Samuel Joslin) e Thomas (Oaklee Pendergast), ficam no resort. Maria, com um grave ferimento na perna, busca abrigo no alto de uma árvore com Lucas, que também está machucado. Eles são resgatados por índios que os levam para um hospital.

Sem sucesso na busca por Maria e Lucas, Henry envia os filhos mais novos para um abrigo seguro nas montanhas e promete encontrá-los. Quando chega ao local, o pai descobre que Simon e Thomas não estão mais lá e começa as buscas por toda a família. Os dois acabam indo para o mesmo hospital que a mãe e o irmão mais velho.

Desesperado, Henry passa por um trágica busca até encontrar a esposa e os filhos. As férias da família se tornam uma lição de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos.

Crítica O Impossível

O filme narra a história do casal Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor), que estão aproveitando as férias na Tailândia junto com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporções devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encontra pela frente.

Há muito que se dizer do filme. Para começar, é interessante perceber que tão logo a história começa há a apresentação daquela família que escolheu passar as férias de fim de ano em um lugar paradisíaco. Não há dramas ali, é uma família absolutamente normal e isso fará com que a história centre-se totalmente no que virá a acontecer. Isso acaba evitando que a narrativa se arraste para contar histórias dentro da grande história. Assim, pouco mais de dez minutos depois e o espectador já é brindado com uma das sequências mais bem produzidas destes últimos anos no cinema.

A chegada do tsunami é algo que aparenta ser amedrontador para os personagens que a vivenciam, mas também chega aos que estão do outro lado da tela de modo realista, convincente e extremamente marcante. Acompanhar o desespero da mãe e de seu filho, a luta de ambos pela sobrevivência, é algo que já compõe um cenário dramático mais que eficiente. Naquele instante o público já havia entrado na história, e muito provavelmente ficaria com os olhos esbugalhados até os últimos segundos, bastaria que nada de muito errado acontecesse na narrativa.

O roteiro, a cargo de Sergio G. Sánchez, é bem trabalhado para evitar situações desnecessárias. Num drama como este é sempre mais fácil escolher o caminho do choro fácil, da emoção exacerbada, mas desde o início houve uma preocupação em não ultrapassar essa linha. Como a história é baseada em um caso real, não dá para saber exatamente o que é ou não plausível, então alguns questionamentos são inoportunos. Mas há um que chama bastante atenção: em boa parte do primeiro ato, quando mãe e filho estão sendo levados pela correnteza, a câmera só consegue captar os dois, sem absolutamente ninguém por perto. Fica estranho, pois num evento que vitimou 200 mil pessoas e desabrigou um número infinitamente maior, como numa grande área daquelas só existiriam aqueles dois lutando para viver?

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