Música

Editora Agir lança relevante biografia de Raimundo Fagner

“Quem me Levará sou Eu”: Ed. Agir lança relevante biografia de Raimundo Fagner

Biografia é resultado de vasta pesquisa elaborada pela jornalista Regina Echeverria e reconstrói a trajetória de um dos mais ídolos da música popular brasileira

O Ceará é um dos estados brasileiros mais ricos em cultura popular, e graças a sua existência que nomes como Renato Aragão, Tom Cavalcante e muitos outros puderam ganhar o Brasil e mostrar o quão talentosos são. Foi neste estado e neste contexto de riqueza cultural que Raimundo Fagner ganhou terreno, começou uma carreira como cantor de música popular e se transformou em um dos maiores ídolos da música no Brasil. Sua importância é tão grande que coube a jornalista Regina Echeverria, uma das melhores do jornalismo brasileiro, contar a sua história.

É daí que nasce “Raimundo Fagner, quem me levará sou eu” lançamento da Editora Agir, que já está nas melhores livrarias do país, e merece sem dúvida alguma uma bela lida.

O livro
A narrativa que o livro propõe não é nada revolucionária. Há uma necessária volta ao passado, e a partir de então, Regina conta histórias da vida de Fagner, muitas delas com uma relação bem evidente com o momento do país, e da música vivenciada no país no momento. Assim podemos de cara perceber que a história construída por Fagner se mistura a história da música no Brasil nesses últimos 40 anos.

Site da Editora Agir

A ideia do livro coincide com o aniversário de 70 anos do cantor, nascido em 13 de outubro de 1949, e por conta disso uma característica desta biografia, como de muitas biografias oficiais, é que tudo que é dito busca enfatizar um personagem talentoso, com muitas qualidades, e com defeitos, evidente. Mas não há nada de muito profundo no trabalho. Não há uma busca para se encontrar uma personalidade recheada de camadas, e com seus demônios sempre vindos à tona.

O que vemos é um amante de música e de futebol, que tem um talento nato para criar canções populares e amadas por pessoas de todas as classes sociais, e que não se envolve em polêmicas. Há, entretanto, momentos em que se destaca a personalidade um tanto geniosa do cantor, que é visto inclusive em muitas de suas entrevistas. Fagner é aquela pessoa que vendo sem conhecer pode se passar por alguém arrogante, cheio de si. A biografia se preocupa em mostrar que este assunto não é ignorado pelo cantor, e muito menos pela jornalista.

Echeverria entrevistou mais de 60 pessoas, das mais diversas área que Fagner flerta, seja diretamente, como música e futebol, seja menos direto, como a política. Ainda tem as observações de pessoas do seu ciclo mais restrito. São essas pessoas que ajudam a traçar uma personalidade forte, geniosa, mas extremamente talentosa.

“Raimundo Fagner, quem me levará sou eu”  pode ser considerado uma biografia chapa branca, aquelas que nasce sem polemizar. De forma alguma é um demérito, e mostra que o cuidado maior é não descontruir uma imagem forte e já consolidada que Raimundo Fagner tem com seus fãs. Até mesmo por isso o livro foi viabilizado pela Fundação Raimundo Fagner com apoio da lei de incentivo à cultura e patrocínio do Grupo 3Corações.

Relevante, como grande parte das biografias são, bem escrita, o que é comum nos trabalhos de Regina Echeverria, “Raimundo Fagner, quem me levará sou eu” capta fases e momentos de um ícone da música popular brasileira, e do mundo cearense.

Autora
Regina Echeverria é jornalista profissional desde 1972. Trabalhou nos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Folha de S.Paulo e nas revistas Veja, ISTOÉ, Placar, Caras e A Revista. Publicou os livros: Furacão Elis (1985), Cazuza: Só as mães são felizes (1997), Cazuza: Preciso dizer que te amo (2001), Pierre Verger: Um retrato em preto e branco (2002), Mãe Menininha do Gantois: Uma biografia (2006) – os dois últimos em parceria com Cida Nóbrega.

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