Chris Fuscaldo
“A música e a crítica sempre viveram em pé de guerra, isso não é de hoje. O que acho é que hoje, muito por causa da internet, há pouco espaço para os críticos. ” (C.F.)
Por Elenilson Nascimento
A preservação da memória da música brasileira é uma das maiores preocupações da jornalista, escritora, cantora e compositora fluminense Chris Fuscaldo. E escrever, editar e lançar um livro em apenas seis meses foi um dos seus objetivos. E se para realizar o feito por vias normais, por intermédio de uma editora convencional pode não ser o melhor caminho, ela, por outro lado, arregaçou as mangas e decidiu que iria publicar o seu livro sobre os Mutantes. Com o melhor estilo “faça você mesmo” e financiamento adquirido por meio de crowdfunding, meses depois o livro já estava impresso e no mercado, exatamente seis meses após aquela decisão. E a prova de que estava certa foi a indicação deste livro “Discobiografia Mutante – Álbuns que revolucionaram a música brasileira”, que deu a ela o Prêmio Profissionais da Música 2019, na categoria Livros Musicais.
Biógrafa de mão temperada, Fuscaldo ficou conhecida como a autora da “Discobiografia Legionária” – um livro demasiadamente necessário – que conta histórias sobre os discos da Legião Urbana. No texto que escreveu para a introdução deste livro, a autora foi bastante corajosa ao contar que, ao ser convidada em 2008 pela gravadora EMI Music para escrever textos sobre os discos da banda do Renato Russo – banda cuja expressiva obra fonográfica estava então em processo de reedição que seria concretizado em 2010 – duvidou se teria algo de relevante a acrescentar sobre as gravações de álbuns já detalhados em diversos livros e revistas. Lançado em 2016 pela editora LeYa, a “Discobiografia Legionária” é a extensão de um trabalho de 2008, cuja edição (mal feita) pela gravadora EMI gerou erros e a insatisfação da autora.
Formada em Jornalismo e em Letras, com mestrado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, a autora já trabalhou em algumas da maiores redações de jornal do Rio de Janeiro, como nos jornais Extra e O Globo, colaborou para revistas como MTV, Rolling Stone e UBC (União Brasileira dos Compositores), antes de se decidir pela carreira acadêmica e começar a produzir livros sobre música. E além de editar o blog GarotaFM, produz releases para gravadoras, festivais e músicos independentes e ainda atua como mediadora de debates em eventos ligados à música – além de ser cantora e compositora. Em 2015, foi responsável pela pesquisa do livro “Rock in Rio 30 Anos” (Ed. 5W). E dois anos depois, estreou como cantora e compositora no álbum “Mundo Ficção”. No ano passado, além da discobiografia dos Mutantes, assinou o conteúdo do livro “La Mole: O importante é acreditar” (Ed. Organograma), sobre a rede de restaurantes do RJ. Em 2019, ela se prepara para finalizar seu doutorado no mesmo programa da Puc-Rio, lançar um livro sobre o cantor e compositor Belchior e finalizar uma biografia de Zé Ramalho.
Autografando “Discobiografia Legionária”, em 2016
Elenilson – Sua formação é em Jornalismo e você poderia ter ido para outras áreas mais confortáveis. O que a fez se interessar por biografias de bandas famosas?
Chris Fuscaldo – Na verdade, tenho formação em Jornalismo e também em Letras (Português/Italiano), com mestrado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade. Estou para terminar um doutorado neste mesmo programa, o que mostra que meu interesse sempre foi por pesquisa e escrita. A música está em minhas veias, afinal, venho de uma família de músicos. Juntando tudo isso, acabei já nos primeiros estágios e empregos, atuando como repórter e crítica de música. Comecei em jornais de bairro, rádio e sites, passei por jornais (O Globo, Extra), colaborei para diversas revistas (MTV, Rolling Stone, UBC) e, hoje, já celebro 20 anos escrevendo sobre música. O louco é que, antes de eu ingressar na faculdade, eu já dizia que seria escritora. A paixão pela leitura de biografias se transformou em uma vontade de escrever livros também. Eu não achava que percorreria uma “long and winding road”, para usar um trecho de letra dos Beatles. Por isso nem cogitei algo mais ou menos confortável. Eu simplesmente segui meu coração.
Elenilson – Como é o seu processo de reunir materiais suficientes para a realização dos seus livros?
Chris Fuscaldo – Começo sempre pelas entrevistas. Sempre amei fazer isso e, como minhas entrevistas são mais como bate papos, sempre saio delas com muitas ideias. A partir daí, parto para a coleta de publicações em arquivos e bibliotecas, a leitura de outros livros que possam ter relação com o tema e a busca por acervos de jornalistas, artistas e fãs.
Elenilson – Quais são as maiores dificuldades nestes processos de entrevistar amigos, amantes e família para se escrever uma biografia realmente interessante?
Chris Fuscaldo – Há dois tipos de amigos e familiares: os dos biografados vivos e os dos biografados mortos. A maior dificuldade é tirar informações de amigos e familiares de biografados que ainda estão por aí. É mais fácil fazer eles falarem de pessoas que já não estão entre nós. A maior dificuldade hoje para uma escritora como eu é lidar com o mercado editorial e com os editores. Por que “amantes”? (risos)
Elenilson – A sonoridade das bandas que você ouve reflete também na sua maneira de escrever?
Chris Fuscaldo – Acho que sim. Eu sempre gostei de música com letra e mensagem compreensíveis e me esforço para escrever para que todo tipo de pessoa possa ler e entender.
“O que acho é que hoje, muito por causa da internet, há pouco espaço para os críticos.”
Elenilson – Aconteceu algum tipo de preconceito pelo fato de você ser mulher e biógrafa? Você encontra muita resistência?
Chris Fuscaldo – Eu sempre gosto de analisar três grupos de profissionais com os quais me relaciono: os editores, as fontes e os colegas. Dos colegas, nunca senti nenhum tipo de preconceito. Pelo contrário, fiz grandes amigos e parceiros. Das fontes, há entre muitos homens aquele machismo clássico e velado que incomoda, mas não chega a atrapalhar o meu caminho. Falo daquelas piadinhas idiotas que homens falam quando os encontro para entrevistá-los. Eu ouço, devolvo alguma brincadeira que os coloca em seus lugares e continuo. Os que mais demonstraram preconceito foram os editores. Ouvi coisas bem escrotas de gente de editora que procurei nos últimos dez anos para “vender” minhas ideias. Prefiro nem relembrar, até porque, meu último livro, o “Discobiografia Mutante: Álbuns que Revolucionaram a Música Brasileira”, foi uma auto publicação e me fez superar todos os obstáculos que vinha enfrentando.
Elenilson – Muitas vezes, críticos usam motivos errados para desqualificar uma obra. Eu não sou o dono da verdade, mas, para mim, o que motiva esses caras é um rancor e uma incompreensão do que é o nosso país e de como as coisas funcionam. Existem iniciativas maravilhosas no Brasil e a gente não sabe. Como você vê a crítica?
Chris Fuscaldo – Acho que tem todo tipo de crítica assim como tem todo tipo de jornalismo, de politicagem, de medicina, de arquitetura… A música e a crítica sempre viveram em pé de guerra, isso não é de hoje. O que acho é que hoje, muito por causa da internet, há pouco espaço para os críticos. E acho isso uma pena, porque perdemos a capacidade de concordar ou discordar de alguém mais especializado. Estamos debatendo só com colegas de nossa bolha em nossas redes sociais.
“Discobiografia Legionária” conta histórias sobre os discos da Legião Urbana.
Elenilson – Emocionante o capítulo onde você descreve a processo de produção do disco “A Tempestade”. Qual foi a maior descoberta deste período?
Chris Fuscaldo – A dor. Descobrir como doeu nos músicos que Renato Russo deixou me devastou durante as entrevistas e a escrita. Chorei bastante escrevendo o final dessa história.
Elenilson – Tanto a Legião Urbana como os Mutantes foram bandas que já foram muito discutidas, estudas, catalogadas, e com diversos materiais publicados sobre elas. Você acredita que ainda há o que se falar?
Chris Fuscaldo – Sempre há o que falar. Eu mesma cheguei a pensar que o Discobiografia Legionária poderia cair em um lugar comum e descobri, escrevendo, que estava trabalhando em um novo viés. Há muitos vieses para se explorar em todas as bandas. Nos Estados Unidos, há mais de 30 títulos diferentes sobre Bob Dylan! Imagina isso?!
Elenilson – Em uma entrevista para O Globo, em 2013, Dado Villa Lobos disse que Renato Russo sempre foi tratado como um débil mental pela imprensa. O que você acha dessa declaração?
Chris Fuscaldo – É bom contextualizar… Dado falou isso para explicar a crítica que ele, Marcelo Bonfá e Wagner Moura receberam após um tributo que fizeram à Legião Urbana. Ele lembrou que a crítica sempre implicou com a banda desde quanto Renato Russo era vivo. Acho que a palavra “débil mental” está mal-usada aí, não tem a ver. E acho que tinha muito jornalista que adorava o Renato e a banda, na época. Então, sei lá… Talvez Dado estivesse chateado com a crítica ao tributo e tenha desabafado dessa maneira…
Elenilson – No caso da Legião, você tem alguma música, história, foto ou álbum preferidos?
Chris Fuscaldo – Difícil… Porque adoro todos os seis primeiros álbuns… Os últimos dois me deixam muito triste, por isso não entram em minha lista de favoritos. Mas o “As quatro estações” marcou mais minha infância do que os outros, então, acabo me sentindo mais íntima desse repertório.
Elenilson – No tributo à Legião Urbana, feito pela MTV, o Wagner Moura disse que talvez aquela seria a última vez que veríamos Bonfá e Dado juntos. Fico imaginando que você também ache que os trabalhos dos dois músicos são irrelevantes, visto que nem foram citados no seu livro. Comenta.
Chris Fuscaldo – Não acho isso, não. Os trabalhos deles não foram citados em meus livros porque não foram produzidos durante o período em que estavam com a Legião Urbana. Após a morte de Renato Russo, a história da Legião Urbana só volta à pauta quando são lançadas coletâneas e tributos à banda. A produção do álbum de qualquer álbum do Dado ou do Bonfá separadamente não tem nada a ver com Legião Urbana. Caso eles façam algo juntos e/ou que tenha a ver com a banda, com certeza vou incluir na próxima edição do livro. É diferente do caso de Renato, que gravou os dois álbuns ainda enquanto fazia parte da banda. São duas histórias inseridas dentro da história da Legião Urbana.
Chris Fuscaldo é jornalista, escritora, cantora e compositora fluminense
Elenilson – Em 1994, Renato Russo fazia discurso importante sobre a ditadura no Brasil. Isso aconteceu durante uma participação da Legião Urbana no extinto (e ótimo) Programa Livre, do SBT, onde Renato, antes de cantar “1965 (Duas Tribos)”, chamou atenção para o privilégio da liberdade de expressão e ainda falou um pouco sobre o que sentiu na época da ditadura. Como você encara certos discursos em redes sociais de autoridades ou anônimos favoráveis à volta da ditadura?
Chris Fuscaldo – Fico arrepiada quando leio qualquer menção positiva à ditadura que o Brasil sofreu de 1964 a 1985. “Sofreu” é o verbo. Muita gente não sabe o que acontecia nas entranhas, mas quem trabalha com arte e cultura tem pânico de qualquer coisa parecida.
Elenilson – Qual sua relação pessoal com as duas bandas?
Chris Fuscaldo – Legião Urbana fez parte da minha infância e adolescência. Cheguei a assistir a um show, no Rio de Janeiro, em 1994. Mutantes eu descobri já na virada da adolescência para a fase adulta, mas me arrebatou de uma forma que passou a ser a minha banda brasileira favorita. Eu já amava Rita Lee, também desde que era criança, e conhecer a irreverência dela e dos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista e o talento dos outros músicos que participaram da banda (entre eles, o baixista Liminha, o baterista Dinho Leme) foi demais.
Elenilson – Como foi o processo de financiamento coletivo para as edições desses dois livros?
Chris Fuscaldo – O Discobiografia Legionária foi lançado por uma editora tradicional, a LeYa. O Discobiografia Mutante, fiz por financiamento coletivo e foi uma delícia. Primeiro, porque editei sozinha o livro e pude fazer tudo do jeito que eu queria, desde o próprio produto até o cronograma de produção e lançamento. Foi legal ter atingido os fãs de Mutantes e ainda ver, depois, através do meu esforço de distribuição, o livro ganhando lojas nos Estados Unidos, Japão.
Elenilson – O fato dos Mutantes estarem completando 50 anos de fundação, foi a sua inspiração para você lançar o livro?
Chris Fuscaldo – A banda é anterior a 1968. Em 2018, o aniversário de 50 anos do primeiro álbum dos Mutantes foi o gatilho que deslanchou todo o projeto. Por isso falei do cronograma. Eu tive a ideia em fevereiro de 2018 e em agosto eu já estava autografando os livros em eventos de lançamento. Em uma editora, eu levaria anos tentando convencer do potencial do trabalho,
Elenilson – Teve algum tipo de contato com Rita Lee na pesquisa para o livro sobre os Mutantes?
Chris Fuscaldo – Tive contato com todos os músicos que fizeram parte da banda ao longo dos 15 anos de pesquisa. Comecei a pesquisar Mutantes na faculdade e, de lá pra cá, fiz diversas entrevistas em diversos momentos. Rita Lee foi uma das fontes.
Elenilson – No livro “Guia Politicamente Incorreto dos Anos80 Pelo Rock”, o Lobão, além de falar mal de Deus de Chico Buarque e o resto do mundo, afirma que o som da Rita Lee empobreceu depois que ela saiu dos Mutantes: “…a pasteurização completa do som”. O que você acha dessas declarações? Parecem coisas de uma criatura que não transa ou muito ressentida?
Chris Fuscaldo – Não concordo. Rita Lee era incrível nos Mutantes, mas também acho a Rita Lee pós-Mutantes super criativa e inteligente. Com o parceiro dela até os dias atuais, Roberto de Carvalho, ela fez alguns dos álbuns mais tocados nas festas, novelas e rádios do país. Não à toa, ela é a única ex-Mutante que teve uma carreira solo bem-sucedida. Não sei se Lobão não transa ou é ressentido, mas Rita Lee transou muito com certeza. Pelo menos suas músicas mostram uma mulher e cantora/compositora muito bem resolvida.
“Discobiografia Mutante”, que deu a autora o Prêmio Profissionais da Música 2019, na categoria Livros Musicais.
Elenilson – A repercussão e a polêmica te chatearam de alguma forma?
Chris Fuscaldo – Que polêmica e que repercussão me chateariam? Acho que não entendi essa…
Elenilson – Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva um dos seus livros?
Chris Fuscaldo – Tem muitas! Mas é preciso ler para saber!
Elenilson – Recentemente Milton Nascimento causou polêmica ao avaliar a qualidade da música brasileira como “uma merda”, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo. O cantor citou Maria Gadú e Tiago Iorc como os poucos jovens de quem gosta da atual geração. E você, como uma pessoa crítica e envolvida com música, como encara a atual produção musical no Brasil?
Chris Fuscaldo – Olha, eu sou uma pessoa super eclética e respeito todos os gêneros musicais. Acho que tem coisas muito boas por aí e coisas que eu não gosto tanto. O que acho que aconteceu é que a internet abriu espaço para todos exporem seus trabalhos e a falta de críticos e gravadoras eliminou o papel do curador. Então, tá tudo misturado em um bolo enorme. Achar o que eu gosto nem sempre é fácil. Acredito que aconteça o mesmo (ou até pior devido à dificuldade de lidar com a tecnologia) com Milton e outros da geração dele.
Elenilson – Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Chris Fuscaldo – Cresci ouvindo rock inglês e americano dos anos 60 e 70 com meu pai, o samba das antigas com minha avó e o rock brasileiro dos anos 80 em rádios e festas da escola. Na adolescência, descobri Caetano Veloso e caí de amores pela MPB (e toda a turma da Tropicália e bandas como Novos Baianos, Secos e Molhados, A Cor do Som etc), tendo me apaixonado logo em seguida por Marisa Monte e outras cantoras que vieram na sequência. A música nordestina sem ser da Bahia entrou na minha vida quando ouvi Zé Ramalho pela primeira vez, também na adolescência. E curti muita coisa da música caipira porque parte da minha família é do interior de Minas Gerais. Viu como sou eclética?
Elenilson – Você além de jornalista e biografa navega pelos palcos da vida. Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Chris Fuscaldo – Meu pai sempre teve banda. Aos 9 anos, meu irmão já fazia parte dela. Minha mãe sempre era chamada ao palco para dar uma canja. E, quando eu era adolescente, comecei a fazer aula de canto e meu pai passou a me convidar para cantar também. No entanto, as duas faculdades e o trabalho sempre ocuparam muito meu tempo. Tive bandas, mas nunca me dediquei como gostaria. Até hoje é assim. Gravo, faço um show aqui, outro ali, mas sempre tem uma lista de prioridades na frente.
Elenilson – Além da Legião e Mutantes, claro, quais as cantoras(es) que você admira? E quem são aqueles que deveriam voltar para o Mobral?
Chris Fuscaldo – Eu gosto de tanta coisa… Essa pergunta é muito difícil! (muitos risos) E acho que ninguém deveria “voltar para o Mobral”. Todo mundo tem o direito de mostrar o seu trabalho e ter o seu público.
Discos autografados pelos remanescentes da Legião Urbana.
Elenilson – Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical e/ou lançar livros de forma independente?
Chris Fuscaldo – Os prós já falei mais acima. Os contras, acho que o cansaço por acumular funções e a descrença de algumas pessoas. Mas isso acaba sendo o de menos, ainda mais quando se vê seu livro ganhando um troféu, como aconteceu com o Discobiografia Mutante no Prêmio Profissionais da Música.
Elenilson – Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Chris Fuscaldo – Para a carreira de cantora e compositora, eu venho gravando clipes das faixas do meu álbum “Mundo Ficção” e seguirei fazendo isso até ter tempo para ensaiar e fazer show.
Elenilson – O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Chris Fuscaldo – A internet ajuda muito. Até mesmo quando prejudica, ela ajuda. É uma forma de alcançar uma galera. E, quando aparece um hater, é uma maravilha, porque ele mal sabe o quanto ele ajuda a divulgar também.
Elenilson – No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Chris Fuscaldo – Falei dessa dificuldade ali em cima… O que eu faço é me manter firme no propósito de não ser uma coisa só. Não sou só jornalista, nem só escritora, nem só cantora e compositora. Sou tudo e isso é um diferencial que pouca gente tem. Óbvio que também é algo que faz com que meu caminho seja mais longo do que o de cantoras mais focadas. Mas o final dessa história pode ser bem interessante. Me inspiro, por exemplo, em José Miguel Wisnik, musicólogo e professor da USP que escreve livros e tem um trabalho musical lindo.
Elenilson – Obrigado por ter tido a honra de entrevistá-la. Fique à vontade para falar o que quiser. P.S. Eu vou ganhar um autógrafo?
Chris Fuscaldo – Ué, é só me encontrar que eu assino seu livro! (mais risos)
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