Crítica

Especial Oscar 2016 – Crítica O Regresso: chegou a vez de Leonardo DiCaprio?!

O Regresso

Em seu belo simbolismo final, no qual a fala de um personagem crucial para a sobrevivência de Glass em seu infernal retorno é proferida novamente, entendemos de quem é a vingança mais necessária e urgente no tema central de O Regresso

Por João Paulo Barreto

Muito mais do que julgar a obra pelos notórios aspectos de sua criação, no qual um intenso processo de captação foi posto em prática em uma terra selvagem com temperaturas excruciantemente baixas e condições de luz quase nulas (aqui, belamente captadas pelo diretor de fotografia, Emmanuel Lubezki), O Regresso, novo trabalho de Alejandro Iñárritu, apresenta em seu resultado justamente a provação que aqueles homens tiveram que passar na construção sua fílmica. Ao final, percebe-se que, muito mais do que um esquema de publicidade na divulgação do longa, sua execução encontra todo respaldo de qualidade no resultado entregue.

Na história dos homens contratados para retirar peles de animais selvagens para confecção de casacos ao exército no norte dos Estados Unidos do começo do século XIX, encontra-se justamente um retrato não somente daquela época no que tange à exploração de terras indígenas, mas de algo cuja reparação se estende obrigatoriamente até os dias de hoje. E Iñárritu insere essa discussão em seu roteiro, escrito em parceria com Mark L. Smith e baseado em parte no livro de Michael Punke, de modo a tornar a necessidade de diálogo acerca do assunto ainda mais relevante.

Hugh Glass (DiCaprio) é um dos caçadores do grupo e líder guia nas terras inóspitas onde índios selvagens fazem valer o controle do seu território matando todo e qualquer homem que não faça parte do seu grupo. Em seu histórico, Glass, que já foi casado com uma índia e com quem teve um filho que hoje o acompanha, possui problemas relacionados a preconceito e … Leia a crítica completa

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