Coluna da jornalista Úrsula Neves sobre tudo que acontece no universo da cultura pop
Filme Deixe-me Viver
Mais uma boa história inspirada na literatura espírita está sendo contada nos cinemas brasileiros. Deixe-me Viver é baseado no livro com o mesmo nome, ditado pelo espírito Luiz Sérgio e psicografado pela médium Irene Pacheco Machado com o objetivo espiritual de amenizar a violência do aborto contra os espíritos que precisam de um corpo carnal.
Luiz Sérgio (Bernardo Dugin) é um jovem que desencarnou aos 23 anos. No plano espiritual, ele é convocado a escrever vários livros, como Deixe-me Viver. Para escrever este livro o rapaz se une a uma equipe de espíritos que trabalham no resgate de outros espíritos que se encontram em ambientes espirituais inóspitos, os chamados umbrais para os espiritas e purgatório para os católicos. Esses espíritos em sofrimento foram rejeitados pelos pais ao praticarem o aborto.
Luiz Sérgio se defronta com vários casos desta natureza e passa a interagir energeticamente com as famílias, no sentido de criar harmonia e laços mais fortes entre os pais e filhos. A equipe de espíritos, a qual Luiz está integrada, é composta por Dr. Zeus (Rocco Pitanga), Dra. Kelly (Sabrina Petraglia) e Aloísio (Fernando Peron). Médicos espirituais que desenvolvem terapias para o restabelecimento psíquico daqueles que sofrem. Motivados por um amor incondicional, eles procuram resgatar todos aqueles que necessitam e querem ajuda para sair das inferiores condições que se encontram.
Deixe-me Viver, de Clóvis Vieira
Crítica do filme Deixe-Viver
A história consegue ser muito bem contada pelo diretor Clóvis Vieira (apesar das dificuldades financeiras) e pelo bom elenco formado tanto por atores mais jovens como veteranos. Alguns atores já são conhecidos pelo grande público, como Sabrina Petraglia, que interpretou recentemente a Shirley, na novela Haja Coração, da TV Globo. Bernardo Dugin, que faz o personagem principal Luiz Sérgio, conseguiu passar para a tela dos cinemas a essência carismática do jovem Luiz Sérgio e também a mensagem final deste belo trabalho cinematográfico.
Entrevista com o diretor Clóvis Vieira
De acordo com o diretor Clóvis Vieira, toda a equipe está muito feliz com o sucesso que o filme está fazendo nos cinemas, com muitas sessões lotadas. Deixe-me Viver em pouco tempo já conseguiu atingir a marca dos 50 mil espectadores, apesar do baixo número de salas de exibição, apenas 60 salas em todo o Brasil. “Depois de anos debruçados sobre projeto e ansiosos para ver nas telas, enfim vemos a obra realizada. E nada mais comovente que as mensagens de carinho e elogios que recebemos. Estamos felizes também por estarmos cumprindo uma missão de grande responsabilidade”, conta.
O diretor de Deixe-me Viver ainda revela em entrevista para a Coluna Cultura Pop e Etc. como foi difícil produzir o filme, que parece ser simples, mas não é. “O O Grupo Rema, da Editora Recanto, nos cedeu os direitos no início dos anos 2000. Fiquei dez anos roteirizando, correndo atrás de recursos e, ainda nesse período, construindo grande parte dos cenários virtuais. Foram cinco anos de preparação, pré-produção, produção e filmagens. Terminamos em 2015 com alguns detalhes ainda por fazer em 2016. Muitas locações, cenários físicos e virtuais. Muitos efeitos especiais e trilha sonora muito elaborada”, destaca Clóvis Vieira.
Ficha Técnica
Deixe-me Viver Duração: 1h43min Classificação indicativa: 14 anos Direção: Clóvis Vieira Trilha sonora e edição: Duda Mack Produção: CV&F produções Ltda.
Elenco: Bernardo Dugin, Sabrina Petraglia, Rocco Pitanga, Thomaz Costa, Edson Montenegro, Mário Cardoso, Renata Sayuri, Fernando Peron, Carlos Mariano, Daliléa Ayala, Tabata Sher, Natasha Txai, Regina Bittar, Anike Couto e Amélia Dugin.