Música

Franz Ferdinand volta ao Brasil com nova formação

Franz Ferdinand em Curitiba – Foto de Dan Komarcha

Banda escocesa entrega show enérgico em sua primeira turnê no País com dois novos membros e sem o guitarrista Nick McCarthy, reconfiguração que marca a nova sonoridade do grupo

Uma das bandas mais clássicas da cena indie dos anos 2000, Franz Ferdinand desembarcou no Brasil esta semana para uma série de shows promovidos pelo Popload – em Curitiba, São Paulo e Natal. Quem atravessou a adolescência ao som de “Take Me Out” e “This Fire” pode pensar que o auge da banda esteve nos primeiros discos – como o consagrado Franz Ferdinand e You Could Have it So Much Better -, mas os escoceses vieram com fôlego para mostrar sua versatilidade sonora.

Franz Ferdinand em Curitiba – Foto de Dan Komarcha

No primeiro show, em Curitiba, o setlist trouxe um mix de hits e músicas que flertam com a dance music, marcantes no último disco, Always Ascending. A turnê pelo Brasil em 2018, depois de sete passagens do Franz pelo País, é emblemática porque traz pela primeira vez a nova formação, sem o guitarrista Nick McCarthy (que deixou o grupo em 2016), e com dois novos membros – o guitarrista Dino Bardot e o tecladista Julian Corrie.

Segundo o vocalista Alex Kapranos, a saída de McCarthy deu à banda mais liberdade para a criação de um som mais experimental e com mais influências de pop.

Tocando para um público heterogêneo, o Franz mostrou em Curitiba que consegue agradar desde os fãs mais nostálgicos até os amantes mais novos da banda.  O grupo resgata canções como “Take Me Out”, “Walk Away” e “No You Girls”, mas também aposta em faixas mais psicodélicas do disco novo, como “Glimpse of Love” e “Lazy Boy”.

Franz Ferdinand em Curitiba – Foto de Dan Komarcha

Carismático, Alex Kapranos incorpora a persona do rockstar performático e não poupa esforços para engajar a plateia até nas faixas mais amenas.

Contudo, como um processo que já acontece com outras bandas indie, a impressão que fica é de que a base de fãs do Franz perdeu um pouco de fôlego. Talvez pelo caráter mais experimental dos últimos discos, o desafio para Kapranos e seus companheiros nos próximos anos será, de alguma forma, renovar público e ao mesmo tempo recuperar o apelo aos fãs que cultivaram há tanto tempo.

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