Zodíaco
Principais filmes de um dos maiores cineastas destas últimas décadas; Fincher é cineasta de mão cheia, e diretor de videoclipes dos mais aclamados
Por Luis Fernando Pereira
Enquanto o mais novo filme do cineasta David Fincher não chega aos cinemas, iremos contar um pouco de sua história profissional e também listar seus melhores filmes. A tarefa não é fácil, já que Fincher é um dos diretores mais criativos e talentosos do cinema atual. Mas vamos lá.
Fincher
Ele nasceu em Denver, nos Estados Unidos, em 1962. Começou a brincar de cinema aos 8 anos, com a câmera de seus pais. Em 1980 começou a trabalhar numa empresa de animação, e aos 18 anos foi trabalhar para a Industrial Light and Magic – ILM de George Lucas. Deixou a ILM para fazer publicidade e ficou bem conhecido ao fazer os clipes de Aerosmith (a sensacional Janie’s Got A Gun), Madonna (Vogue), além de ótimos trabalhos com os Stones, George Michal e a banda americana The Wallflowers. Como cineasta estreou com o horrível Alien 3 (1992). A experiência, nada agradável para Fincher, e muito menos para os fãs da saga, foi um baque para o então novato no cinema. Ele voltou para a publicidade, mas felizmente voltou ao mundo dos longas-metragens.
A partir daí foram somente obras-primas e é daqui que começamos a listar seus cinco melhores filmes.
A Rede Social
5 – The Social Network (A Rede Social)
Filme que lhe rendeu muitos prêmios e aclamação por parte da crítica. Ritmo frenético, visual um tanto obscuro (uma de suas grandes marcas) e diálogos magistrais (a conversa que dá início ao filme é um bom exemplo de quão exímio é o roteiro do filme). A história já chamava bastante atenção, envolvia a curiosidade de todos, afinal quem não queria saber como começou o reinado do Facebook no mundo virtual. Fincher contou, e muito bem.
4 – The Girl with the Dragon Tattoo (O Homem que não amava as Mulheres)
Mais recente obra do diretor. O filme possui uma introdução arrebatadora, que por si só já ganha de muitos filmes hollywoodianos. O visual dark e a atmosfera sombria contribuem muito para a tensão que o filme busca provocar no espectador. E as ótimas atuações (Rooney Mara, sobretudo) fazem desta refilmagem um raro exemplo de filme americano que consegue melhorar o original, normalmente europeu ou asiático.
3 – Zodiac (Zodíaco)
Um das obras-primas de Fincher. Lento, mas perfeitamente lento. A narrativa se desenvolve de forma gradual, a investigação acerca do serial killer acontece no tempo certo, construindo uma carga de tensão crescente. Mais uma vez aqui Fincher usa e abusa da atmosfera sombria e do visual nada colorido para contar uma história.
Clube da Luta
2 – Fight Club (Clube da Luta)
O segundo melhor filme de David Fincher é uma obra-prima contemporânea. O filme é subversivo como poucos, violento, sem ser gratuito. O filme também é transgressor e acima de tudo, genial. Fincher conta uma história possuidora de diversas camadas de interpretação, que vai agradar desde os amantes de ação até os que priorizam filmes com questões morais para ser trabalhadas. Há toda uma filosofia por detrás do filme, e quem souber usá-la, vai ter horas e horas de bons papos no buteco.
1 – Se7en (Seven, os sete Pecados Capitais)
Obra prima máxima do diretor. Seven apresenta uma história das mais engenhosas e geniais já contadas no cinema. É um grandioso suspense, carregado, é um filme de terror – o terror psicológico e o terror imagético – e é também um policial, com todos os elementos de tais filmes. As atuações, sobretudo de Morgan Freeman e Kevin Spacey são soberbas. O roteiro é fascinante e para quem teve a oportunidade de ler em separado ele consegue ser ainda mais genial.
Luis Fernando Pereira é crítico cultural e editor/administrador do site