Mad Max
Utilizando uma das falas de Nux durante o longa e ao lembrar do insano guitarrista a tocar ao vivo a trilha sonora das perseguições, posso dizer que foi um dia adorável esse em que topei com essa novo trabalho de George Miller
Por João Paulo Barreto
Poucos filmes conseguem a proeza alcançada por Mad Max: Estrada da Fúria. Trata-se de uma obra literalmente insana. Com um processo de filmagem conturbado, com atrasos constantes e problemas no set, o longa tinha todas as prerrogativas para fracassar em seu resultado final. No entanto, o nível de estresse da produção foi diretamente proporcional a qualidade do que se vê na tela.
Seu veterano diretor, George Miller, parece ter treinado nos três longas iniciais de sua carreira durante os anos 1980 (no caso, as aventuras iniciais do personagem Max naquele mundo pós-apocaliptico) para alcançar a perfeição neste mais recente trabalho. Neste enxuto filme, não há (perda de) tempo para introduções, prólogos ou resumos prévios acerca de quem são os habitantes daquele mundo árido e violento. São 120 minutos de pura ação e movimento em cena.
No fiapo de história, a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) decide sabotar um comboio liderado por ela em direção a Gasoline Town e a Bullet Farm, locais onde, como os nomes já dizem, serão coletados munição e combustível para Immortan Joe, chefe tirano e espécie de líder religioso de um grupo de sobreviventes no local conhecido como The Citadel. Levando consigo os tesouros do vilão (no caso, beldades com o único propósito de reprodução), Furiosa parte em direção a terra prometida de Vale Verde, algo que provoca a ira de Joe, que segue em seu encalço juntamente com seu exército composto pelos “aprendizes de guerra”, jovens de vida curta e total devoção religiosa a Joe.
E é isso. Essa é a história.