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Na Netflix: conheça a série britânica Black Mirror

Black Mirror

O número reduzido de episódios simboliza – ainda que sem pretensão alguma – uma referência crítica intrínseca à fugacidade das relações interpessoais

Por Feminino e Além

Há 15 dias estou num processo de desintoxicação tecnológica. Nada de “textões” no Facebook, curtidas desenfreadas no Instagram, notificações intermináveis dos grupos no Whatsapp, corações e RT’s na versão de celular do Twitter. O acordar tem sido mais tranquilo, o dia de trabalho mais concentrado, o almoço mais sociável e os processos noturnos de criação menos interferidos.

Vivemos uma era tecnológica efêmera e descartável, onde o prazo de validade do novo é cada dia mais curto. O moderno de hoje em pouco tempo já é o analógico de amanhã, e nós somos cada vez mais condicionados a permanecer conectados a tudo e a todos em “full time”!

Essa crescente overdose tecnológica e seus efeitos ganharam uma amplitude discursiva nos últimos tempos, e vem sendo tema de reportagens jornalísticas, livros, seminários acadêmicos, pesquisas científicas e de produções audiovisuais (séries e filmes). E nesse último nicho está a série britânica Black Mirror criada por Charlie Brooker e dirigida por: Otto Bathurst, Euros Lyn, Brian Welsh, Owen Harris, Carl Tibbetts e Bryan Higgins. A série imerge vertiginosamente nesse universo onde a tecnologia se mostra o agente condutor – e corrosivo – das relações humanas. Os 06 (seis) episódios da 1º e 2º temporada (2011-2013) e o especial exibido em 2014 fazem um recorte profundo e comportamental da nossa relação e as reações com o meio externo, com as pessoas e nossos próprios conflitos. O número reduzido de episódios simboliza – ainda que sem pretensão alguma – uma referência crítica intrínseca à fugacidade das relações…

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