O Primeiro Homem
Telecine divulga lista de estreias de julho na plataforma e tem muita trama boa, com 5 grandes destaques que merecem ser vistos
O menu do Telecine neste mês de julho está bem diversificado, com animações familiares, filmes mais densos e muitas ação e romance.
Listamos aqui um top 5 de estreia do serviço de streaming em julho.
Hotel Transilvânia 3 – 30 de julho
Hotel Transilvânia 3 consegue, no fim das contas, agradar o seu público alvo. O agrado, entretanto, é gradativo, e somente mais para o fim da história que o público engrena na parte cômica, que é o objetivo de uma animação de comédia, e também na mensagem proposta, tão importante quanto numa animação voltada para a família e com o foco nas crianças.
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Solitário e infeliz, buscando um novo amor na internet, Drácula é surpreendido com um presente da querida filha: férias em um cruzeiro. Inicialmente resistente à ideia, ele acaba engajado no passeio ao se encantar pela comandante, que, no entanto, esconde um segredo nada amigável.
A historinha é quase toda focada em Drácula e sua filha, que saem do universo do hotel a vão para o alto mar, mas para reproduzir quase todos os elementos do hotel. Ou seja, veremos as mesmas situações, só que agora em um barco. Assim, a equipe de roteiristas do filme de um ar de novo para uma sequência que apresenta quase que mais do mesmo.
Montage of heck – 27 de julho
Documentário sobre o vocalista, guitarrista e compositor Kurt Cobain, líder do Nirvana. Com acesso a arquivos pessoais e depoimentos de familiares de Cobain – inclusive com a participação da filha dele com Courtney Love, Frances. O filme conta do início até a ascensão de sua carreira, apresentando diversas canções, algumas delas inéditas. O retrato íntimo de um artista que raramente se revelou para a mídia.
O documentário é dirigido por Brett Morgen, cineasta indicado ao Oscar em 1999 pelo documentário de boxe On the Ropes. A filha de Cobain, Frances Bean Cobain, é produtora-executiva.
Predadores Assassinos – 18 de julho
Um estilo muito explorado pelo temido tubarão, agora com crocodilos. Após um furacão atingir a Flórida e toda a cidade ser evacuada, Haley (Kaya Scodelario) decide ficar para procurar o pai, que está muito ferido. Porém, quando o nível da água começa a subir, surge um problema maior: crocodilos enormes.
O Protetor 2 – 30 de julho
Massachusetts, Estados Unidos. Robert McCall (Denzel Washington) agora trabalha como motorista, ajudando pessoas que enfrentam dificuldades decorrentes de injustiças. Quando sua amiga Susan Plummer (Melissa Leo) é morta durante a investigação de um assassinato na Bélgica, ele decide sair do anonimato e encontrar seu antigo parceiro, Dave (Pedro Pascal), no intuito de encontrar pistas sobre o autor do crime.
O Primeiro Homem – 20 de julho
Em todos os seus aspectos técnicos O Primeiro Homem brilha. A direção de fotografia confere uma naturalidade incrível, cuja granulação da película e os tons pastéis nos remetem à época retratada. Da mesma forma, há uma grande variedade de ângulos utilizados que conferem dramaticidade ímpar às cenas, como por exemplo, os planos fechados que sempre estão presentes nos momentos mais íntimos do protagonista; as shaky cams que incorporam as experiências sentidas pelos astronautas, assim como a utilização constante da câmera subjetiva para tanto; a pan utilizada para intensificar o vazio e a solidão da experiência na lua; a câmera na mão que faz com que a instabilidade emotiva do protagonista esteja presente; entre outros recursos que trazem uma experiência muito palpável para seu espectador.
É incrível o trabalho de Chazelle na narrativa, pois ao mesmo tempo em que sua audiência pode saber ou já prever o final da trajetória de seu protagonista, o cineasta sabe muito bem imprimir o suspense nos momentos certos, esticando ou retardando o desfecho de algumas cenas para criar tal impacto. A título de exemplo, podemos mencionar as turbulências vivenciadas pelos astronautas, em especial quando um problema ocasiona em um desmaio temporário de um dos co-pilotos de Armstrong (Gosling) em um teste de uma das missões. Isso sem mencionar o espaço claustrofóbico de seus planos fechados dentro das cabines que fazem com que sejamos diretamente afetados pela sua restrita mobilidade dentro delas.
O design de som, por sua vez, contribui enormemente para o trabalho imagético. O silêncio do vácuo da atmosfera, as respirações pesadas ou o som ensurdecedor dos equipamentos da NASA são os pontos chaves da narrativa e apenas reforçam o perigo da missão e traz um realismo muito importante sobre a tarefa daqueles profissionais, o que visa demonstrar ser nem um pouco glamourosa.