Birdman
Birdman
Oscar foi marcado por apresentação discreta do ator Neil Patrick Harris, por discurso inflamado de Patricia Arquete e pela vitória de Birdman
A cada ano, o Oscar (maior premiação do cinema mundial) tenta se superar no quesito popularidade e discussões entre os espectadores. O ápice havia acontecido na edição do ano passado, quando a apresentadora Ellen DeGeneres, uma das queridas da audiência americana, resolveu fazer uma selfie com meia dúzia de super astros do cinema e a foto acabou quebrando todos os recordes do Twitter. Neste ano não tivemos nada parecido, mas ainda assim não podemos dizer que a premiação foi um fracasso.
Isso por conta da sublime apresentação musical da cantora Lady Gaga, que apresentou um medley com os sucessos do sensacional filme A Noviça Rebelde e, em seguida, para completar, Julie Andrews apareceu no palco para celebrar o 50º aniversário do musical. Este momento, um dos mais belos das últimas edições, repercutiu bastante nas redes sociais, com 214 mil pessoas por minuto em todo o mundo comentando no Facebook.
Já no Twitter, de acordo com a Nielsen Social, cerca de 60 mil mensagens foram postadas no minuto seguinte à homenagem de Lady Gaga, quando Andrews apareceu, tornando-se o momento do Oscar 2015 mais twittado. E obviamente Lady Gaga foi a personalidade mais comentada, mostrando que a ícone pop ainda é poderosa no mundo inteiro.
Audiência
Mas nem tudo saiu como o previsto nesta edição do Oscar. A audiência, que normalmente é a maior fora das transmissões esportivas, sofreu uma preocupante queda. A transmissão da rede americana ABC (detentora dos direitos) atraiu 16% a menos de telespectadores do que no ano passado, mostraram dados da medidora Nielsen. Uma das explicações mais interessantes é a que relaciona os principais candidatos ao prêmio, todos da indústria independente, com o número reduzido de pessoas interessadas.
De fato, vendo os candidatos principais, e vendo que todas as grandes bilheterias de 2014 ficaram de fora do Oscar, dá para entender um pouco esta drástica queda na audiência, que ficou em 36,6 milhões de pessoas nos Estados Unidos. A ABC inclusive bancou o ator Neil Patrick Harris, um dos atores mais admirados do público jovem (sobretudo pelo seu brilhante trabalho na série How I Met Your Mother) para incrementar ainda mais o impulso dado pela comediante Ellen DeGeneres, que ajudou a atrair os 43,7 milhões de telespectadores que sintonizaram a cerimônia do Oscar no ano passado, a maior audiência desde 2000. Infelizmente as coisas não saíram como esperado.
Birdman
Entrando propriamente na premiação, nenhuma surpresa. Birdman, o filme mais criativo da temporada levou os dois principais prêmios da noite, todos bem merecidos. A disputa pela categoria de melhor filme estava, desde meados de 2014, polarizada entre o filme de Alejandro González Iñárritu e Boyhood, outro exemplar do cinema independente americano. Birdman acabou levando a melhor, e Alejandro González Iñárritu venceu na categoria de diretor, para fazer valer a tradição que normalmente une essas duas categorias.
O britânico Eddie Redmayne levou o prêmio de melhor ator por sua exuberante interpretação do físico Stephen Hawking em A Teoria de Tudo, e tirou o Oscar de Michael Keaton, outro que merecia levar o prêmio. Julianne Moore venceu, enfim, o Oscar de melhor atriz, pelo seu lindo e sensível personagem no filme Para Sempre Alice.
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