“A peça mescla uma linguagem poética e erudita com projeções contemporâneas que ambientam o expectador na imaginação e no inconsciente dos personagens”
A peça Hilda e Freud volta à cena teatral neste final de semana no Teatro Maison de France, no Centro do Rio de Janeiro, em curta temporada. O espetáculo, escrito por Antonio Quinet, e dirigido por ele em parceria com Regina Miranda, teve uma bem-sucedida temporada na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e chega agora ao Centro do Rio de Janeiro. “As pessoas vão ver um Freud em ação de uma forma inimaginável através da visão de uma paciente, e não de seus próprios relatos”, sintetiza Quinet.
Nas apresentações internacionais, Quinet contou com atrizes convidadas. Para a estreia nacional e a nova temporada no Maison ele chamou a atriz Bel Kutner, que se encantou imediatamente com o projeto. “Há um ano o Antonio me procurou e surgiu uma vontade de trabalharmos juntos. Depois de outros textos de sua autoria ele me apresentou Hilda e Freud e eu fiquei alucinada. Hilda era uma mulher muito sensível, que passou por coisas tenebrosas e buscou sua salvação na arte, na poesia e na psicanálise, numa época que a psicanálise estava florescendo, enquanto o mundo se deteriorava por conta das guerras. Ela pertenceu à nata da intelectualidade inglesa, e, nos anos 70, depois de sua morte, foi transformada num ícone do universo feminista por assumir em vida sua veia artística e sua bissexualidade. Uma guerreira que sobreviveu através de sua arte e sua história”, conta Bel Kutner.
Hilda e Freud Foto de Flavio Colker
Sinopse: Análise da poeta Hilda Doolittle com Sigmund Freud na Viena dos anos 30 durante a ascensão do nazismo. O público mergulha no mundo onírico da escritora e acompanha as intervenções geniais do inventor da psicanálise. Uma “relação de amor em versos livres”.
A peça mescla uma linguagem poética e erudita com projeções contemporâneas que ambientam o expectador na imaginação e no inconsciente dos personagens. A direção de arte e cenografia assinadas por Analu Prestes, transportam o público para o poder evocador dos versos e das imagens poéticas do universo imaginista (movimento literário inglês) do qual Hilda Doolittle foi o símbolo. A produção dá continuidade à pesquisa “Teatro e psicanálise”, desenvolvida por Antonio Quinet no âmbito do mestrado e doutorado da Universidade Veiga de Almeida, na qual pretende transmitir a psicanálise através do teatro, e assim levar ao público, artisticamente, as descobertas do inconsciente.
FICHA TÉCNICA Texto: Antonio Quinet Elenco: Bel Kutner e Antonio Quinet Direção: Antonio Quinet e Regina Miranda Direção de arte e cenografia: Analu Prestes Videocenografia: Mídias Organizadas Iluminação: Fernanda Mantovani e Tiago Mantovani Trilha Sonora: Regina Miranda sobre a obra de Rodolfo Caesar, Alberto Iglesias e Philip Glass Ensemble Figurino: Beto de Abreu Visagismo: Uirande Holanda Preparação vocal: Rose Gonçalves Fotografia: Flavio Colker Programação visual: Mary Paz Assessoria de imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação Comunicação em mídias sociais: Radha Barcelos Direção de produção: Alice Cavalcante Assistência de produção: Luísa Reis Co-produção: Sábios Projetos e Atos e Divãs
Realização: Cia Inconsciente em Cena
SERVIÇO Espetáculo: Hilda e Freud Temporada: De 4 a 27 de março Dias e horários: Sex e sáb às 20h dom às 18h Local: Teatro Maison de France – Av. Pres. Antônio Carlos, 58 – Centro, Rio de Janeiro Bilheteria: ter a dom a partir de 13h30 Ingressos: sexta R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) / sáb e dom R$70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia) Duração: 60 minutos Gênero: Drama Classificação: 12 anos
Capacidade do Teatro: 353 lugares