Queen em São Paulo
Queen + Adam Lambert volta ao Brasil para lembrar a todos que “não somos um fóssil. Estamos aqui!”.
Por Phillippe de C. T. Watanabe
Após 30 anos do lendário Rock in Rio inaugural, o Queen retorna ao país, turbinado com a adição de Adam Lambert como frontman, para novamente tentar empolgar uma plateia que, em muitos casos, nem havia nascido na primeira passagem da banda pelo festival.
Com 3 anos na época da estreia do Queen no Brasil, Adam hoje é tido por Brian May e Roger Taylor, membros originais, como a razão por estarem novamente no festival. Enquanto Adam não é capaz de citar momentos marcantes da primeira passagem da banda pelo país, os outros dois integrantes parecem ter boas memórias do evento. “Eles cantavam com a gente”, relatam os veteranos numa confissão da surpresa que tiveram ao se depararem com um público estrangeiro que entendia cada palavra cantada.
Toda operação relacionada ao Rock in Rio também foi destacada pelo duo veterano na entrevista coletiva ocorrida no Rio de Janeiro. Eles falaram sobre a inovação desse tipo de festival, algo que não era comum na época, e relembraram o fato de terem sido os primeiros a confirmar a participação.
Os 68 anos de Bryan May e os 66 de Roger Taylor em nenhum momento são ignorados. Ambos possuem plena consciência das marcas da idade – enquanto algumas coisas não podem mais ser feitas, outras tantas só são possíveis pelos anos acumulados nas mãos e dedos. Não temem também um possível abismo etário em relação ao público. “É como um evento de família”. Todos sabem quem é o Queen, e, para os que não sabem, Adam Lambert está presente.
A maior preocupação da dupla veterana parece ser afastar comparações entre Adam e Freddie Mercury. Eles destacam toda a energia do jovem vocalista, além de seu esforço para inovar e não cair na armadilha de tentar somente imitar o estilo do lendáriovocalista do Queen. Mas, ao mesmo tempo, admitem algumas semelhanças. Para eles, tanto Adam quanto Freddie Mercury levariam consigo algo diferente, especial ao entrar no palco, além de possuírem vozes únicas, algo que não se encontra em qualquer lugar.
Na nova passagem do Queen pelo Brasil é perceptível a alegria dos integrantes por estarem participando de um evento como o Rock in Rio – além dos shows em São Paulo e Porto Alegre. “Estamos celebrando a banda”. É com esse entusiasmo que tentam deixar claro: “The Queen isnotdead. LonglivetheQueen!”.
Phillippe de C. T. Watanabe é estudante de Comunicação da UNICAMP e correspondente do site em São Paulo