Crítica

Scarlett Johansson – Crítica A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell

Confira o segundo trailer de Vigilante do Futuro

“A Vigilante do Amanhã, portanto, peca por retirar tanto de sua essência de sua história original com um roteiro mais limitado”

Por Gabriella Tomais

Semanas atrás assisti Eis os Delírios do Mundo Conectado, um documentário sobre o mundo digital por Werner Herzog que está disponível na Netflix. Uma obra interessante e instigante que conta desde a história da invenção da internet, suas conquistas, inovações, até seus males. Dentre tantas, duas cenas em particular me chamaram a atenção por apresentar os ramos que a tecnologia está tomando e que muitas vezes sequer nos damos conta do avanço que ela já possui atualmente. Uma delas se revelou durante uma entrevista com um engenheiro que possui um time de futebol de pequenos robôs, os quais, sem qualquer controle ou interferência humana, conseguem entre si e sozinhos jogar uns contra os outros em times nos quais eles mesmos raciocinam, desenvolvem, cooperam e elaboram estratégias para vencer seus oponentes. Herzog então lhe indaga se os jogadores seriam os novos Neymar, Ronaldo ou Messi e o rapaz prontamente responde: “É difícil, mas é possível chegar lá”. A segunda, era a criação de robôs já em andamento, por uma companhia, que possuem características assustadoramente humanas: eles sonham, imaginam e tentam se movimentar sozinhos como nós.

Neste sentido é que a primeira adaptação do mangá Ghost in the Shell: O Fantasma do Futuro, obra dirigida por Mamoru Oshii em 1995, desenvolvia uma jornada existencialista em torno da nossa própria condição humana a partir das evoluções tecnológicas e a ascensão da indústria robótica. Conforme a protagonista afirmou na versão animada: “Tudo aquilo era apenas ficção científica e agora virou realidade”. A pergunta que se faz portanto é: o que nos diferencia dessa artificialidade dos robôs então?… Continua a leitura

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