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Série da Netflix: Dark e o poder irreversível de cada escolha

Dark

Dark – Entender a série não é o único paradigma para solucionar a cada episódio, – as escolhas feitas por cada personagem também deixam essa incógnita

A websérie alemã Dark vem fazendo um grande sucesso entre os brasileiros, não é por menos, esse gênero de suspense e ficção científica é uma receita certa de êxito, além de atrair público de diferentes faixas etárias. Criada por Baran bo Odar e Jantje Friese e distribuída pela Netflix, Dark chegou à sua terceira e última temporada e, com ela, várias perguntas surgiram. Viagem no tempo é a principal delas, já que os personagens transitam por diversas épocas como se fosse algo muito “normal”, o que obviamente não é, mas a pergunta que vamos tentar responder aqui é sobre as decisões que cada personagem faz com o objetivo de tentar fazer a coisa certa.

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Vamos pensar na trajetória do personagem principal Jonas Kahnwald (Louis Hofmann), que se vê a todo momento em um beco sem saída. Ele não nega em nenhum momento e deixa transparecer, pela aparência e fisionomia, estar mais perdido em toda a trama do que cego em tiroteio. E para quem segue a série, fica a dúvida se Jonas está realmente perdido ou assustado com todas as reviravoltas de Dark.

Mesmo diante desse cenário apocalíptico seria possível tomar decisões assertivas? Com a ajuda do executivo, professor da Fundação Dom Cabral e palestrante em tomada de decisão Uranio Bonoldi, vamos entender um pouco melhor as escolhas feitas pelo personagem.

Jonas é o personagem principal, a trama se desenvolve à sua volta e dos personagens do seu núcleo familiar e amoroso, – cada decisão e viagem no tempo feita por ele busca consertar a linha temporal, e trazer de volta à vida normal que ele tinha. “Existe um grande paradoxo, não tem como saber as consequências que viagens no tempo podem causar no espaço temporal, isso no ambiente ficcional da série. Trazendo para a realidade, cada decisão tomada sempre vai ter uma consequência, independente se boa ou ruim, vai depender de qual é o objetivo de cada uma das ações tomadas”, argumenta Bonoldi

A série traz o questionamento sobre as infinitas possibilidades e consequências de cada escolha feita, a diferença é que eles têm uma máquina do tempo para tentar consertar as coisas, o que na vida real ainda não existe, mas se fosse possível, qual seria a certeza de que se poderia consertar o passado sem alterar o futuro? Isso mesmo, nenhuma. “Assim como no streaming, não existem garantias após cada escolha, e para tomar a decisão certa precisamos estar preparados e nutridos de autoconhecimento, para que cada ação tomada não resulte em situações inesperadas”, enfatiza Uranio.

A dica aqui é: para quebrar o ciclo é preciso fazer nossa auto análise diária diante de escolhas e decisões importantes. “Sempre priorizando nossos Valores e escolhas que representem a essência humana, ou seja, escolhas refletidas, o que significa não serem emocionais”, finaliza o professor.

Sobre o autor

Uranio Bonoldi Uranio Bonoldi atua como executivo e também como professor para turmas de MBA na Fundação Dom Cabral, é palestrante e escritor. Possui longa experiência executiva em cargos de alta gestão, especialista em tomada de decisão, carreira e negócios. Na Fundação Dom Cabral ministra aulas para executivos sobre poder e tomada de decisão. http://www.uraniobonoldi.com.br

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