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Sessão Desbunde chega ao IX Panorama

Amor e outras construções

Com a parceria do curador Fábio Allon, cineastas e artistas foram convidados a fazer uma releitura, numa perspectiva contemporânea, do cinema em super-8 dos anos 70, rodando filmes montados diretamente no gatilho da câmera, sem edição posterior. O resultado da ideia será apresentado ao público baiano na sessão Desbunde – Tomada Única do IX Panorama Internacional Coisa de Cinema. Os filmes serão exibidos em sequência às 21h do dia 04 de novembro no Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB e em 07/11, às 19h25, no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha.

A proposta foi criada pelos diretores Hilton Lacerda e Marcelo Caetano, que convidaram o Festival Curta Oito para produzir em parceria com o Festival de Curta de São Paulo. De acordo com Marcelo Caetano

“o desbunde está em não voltar no tempo nem morrer de saudades. Está na possibilidade de fazer outra vez, de outra maneira, com outros olhos. Convidar as velhas orgias do passado para a volúpia de mais noites regadas a situações melosas, posições incômodas e intensas, alongamentos de partes íntimas e gostosas”.

Delete Deleite

A sessão traz Amor e outras construções ou uma boca/que abarcasse/tanto cu, de Gustavo Vinagre, no qual um grupo de rapazes busca o amor em uma cidade em construção; Deleite Deleite de Karen Black e Ana Izabel Aguiar, cujo mote é deletar é preciso; e “Falos e Badalos”, onde Anita Rocha da Silveira expõe a cômica fixação de uma garota pelos monumentos fálicos da cidade do Rio de Janeiro.

O desbunde segue com Lagoa Remix de Leonardo Mouramateus e Mata adentro, de Claudia Priscilla, Hilton Lacerda e Rodrigo Bueno, o primeiro mistura imagens de banhistas que fazem graça para a câmera com um remix que vai do funk ao eletrônico; no segundo os personagens transitam na subjetividade do desejo. Também marca presença a produção baiana de Daniel Lisboa, O sangue de Jesus tem dendê, em que o diretor brinca com a iconoclastia de símbolos religiosos.

Y

A programação inclui ainda Sem Título, de Nino Cais e Y, de Dácio Pinheiro e Stefan Fähler, este último produzido de forma colaborativa por artistas de várias nacionalidades e constitui um manifesto contra a energia nuclear e a repressão sexual das grandes potências.

Os ingressos custam R$ 8,00/R$ 4,00 e passaportes com 10 sessões serão vendidos por R$ 30,00.

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