Telinha

Telinha em Pauta: Justiça é arrebatadora

Coluna da jornalista Camila Botto sobre tudo que acontece no mundo televisivo

Crítica de Justiça

Pode parecer exagero, mas é exatamente isto: a nova série da Globo, Justiça, é arrebatadora. A história de Manuela Dias, com direção do ótimo José Luiz Villamarim, chama atenção pela narrativa ousada – com cenas para lá de fortes -, pela bela fotografia e, principalmente, por costurar muito bem as quatro tramas paralelas.

A cada episódio, o público é apresentado a uma história, que está interligada as demais. Com isso, se hoje vemos a cena do ângulo da família de Isabela (Marina Ruy Barbosa), amanhã veremos a mesma sequência pelos olhos de Fátima (Adriana Esteves).

Elisa ( Debora Bloch ) e Vicente ( Jesuita Barbosa )

Os atores – alguns deles recorrentes nas obras do diretor, como Jesuíta e Cauã Reymond – estão excelentes e colocam Justiça num patamar ainda mais alto.

Outro ponto que chama atenção pelo ineditismo é a espera pelo desenrolar de cada história. Esta semana seremos apresentados a todos enredos, que só vão se desenvolver – um a cada dia – na próxima semana. Uma jogada de mestre. Convenhamos.

O que já vazou na imprensa é de embasbacar e de nos deixar ainda mais ansiosos pelos próximos capítulos: Eliza (Débora Bloch) vai se envolver com o assassino da filha, Vicente (Jesuíta Barbosa).

Os dois terão um romance tórrido, fruto de um surpreendente amor ou de puro tesão. Se isto faz parte da vingança arquiteta por Eliza, no entanto, não se sabe. A aguardar!

Quanto ao Ibope, não poderia ser diferente: o primeiro capítulo da série subiu a audiência do horário. Em São Paulo, a média foi de 30 pontos de audiência, com 46% de participação, e no Rio a trama chegou aos 32, com 51% de share.

Formada em jornalismo com pós-graduação em mídias digitais, Camila Botto é colunista do Cabine Cultural, editora-chefe do Feminino e Além, autora do livro Segredos Confessáveis e sócia da Dendê Cult Press.

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