Karatê Kid
Filme traz Jackie Chan como guru do karatê e Jaden Smith como seu pupilo; nova versão diverte, mas é bastante inferior ao original, grande clássico da sessão da tarde
Um dos maiores clássicos da sessão da tarde, Karatê Kid apresentou ao mundo o icônico personagem Daniel San, que junto com o Senhor Miyagi formou uma das maiores e mais simpáticas duplas da história do cinema. E a história do garoto magrinho, deslocado da turma e apaixonado pela garota mais bonita da escola rendeu não somente um filme inesquecível, como também outras sequências, não tão boas como a versão original.
Uma destas sequências, a mais recente, e que poderíamos chamar de versão atualizada da história, é protagonizada pelo ator Jackie Chan e por Jaden Smith, filho do astro Will Smith; eles são mestre e discípulo, respectivamente, em Karatê Kid (2010), filme que a Rede Globo exibe na Temperatura Máxima deste domingo, dia 14 de junho, logo após o programa Esquenta!
Trama
Por causa de seu trabalho, Sherry (Taraji P. Henson) se muda para a China com o filho, Dre (Jaden Smith). Lá, ele se apaixona por uma das meninas de sua classe, a linda Meiying (Wenwen Han), mas as diferenças culturais atrapalham muito o romance dos dois. Além disso, a aproximação entre eles provoca a irritação de Cheng (Zhenwei Wang), um valentão que dá uma surra em Dre, usando a técnica do kung fu.
Sem nenhum amigo e sofrendo com a perseguição dos meninos do colégio, Dre começa a se apegar ao zelador de seu prédio, o senhor Han (Jackie Chan), que é também um mestre em kung fu. Para ajudar o menino, Han ensina Dre a lutar e, com as aulas, mostra ao menino que as artes marciais vão muito além dos socos e chutes.
Comentários
O filme, que de longe é inferior ao original, não pode também ser considerado um desastre. A dupla Chan e Smith funciona bem como professor e aluno e o garoto, um bom ator, vem mostrando que o fato de ser filho de um grande astro do cinema só o ajuda no seu desenvolvimento enquanto ator. A grande surpresa do filme, entretanto, é a garota Wenwen Han, belo talento, que ainda por cima esbanja empatia em sua atuação.
As cenas de ação são bem construídas e todo o desenvolvimento narrativo, desde o início, até o final, é convincente. Diverte e faz lembrar que nos anos 1980 houve um filme, esse sim, que entrou para a história do cinema por fazer um magrelo vencer quase que uma academia de karatê inteira. Esse magrelo era Daniel San, herói dos nerds e deslocados socialmente.