The Mandalorian
The Mandalorian, The Boys e as melhores séries de 2020
Por Elenilson Nascimento
O ano de 2020 foi muito complicado para todo mundo, não é mesmo? As séries em 2020 não foram apenas uma diversão, mas uma questão de sobrevivência. No meio da pandemia, ficamos trancafiados (pelo menos, alguns de nós) e dependentes da produção cultural (que tantos os bozominons querem cortar) para conseguirmos uma fuga necessária da realidade. Mas se o mundo do cinema sofreu com a pandemia, o público seguiu sendo agraciado pelas séries de TV. Afinal, o streaming está mais importante do que nunca, enquanto as emissoras de TV também investem em projetos mais ousados para manter a atenção do espectador. E que alegria poder apresentar para vocês as MINHAS 10 SÉRIES FAVORITAS DE 2020. Só uma observação: como eu sei que um monte de gente vai reclamar que aquela série tal que bombou nas brigas pelo Twitter não entrou, queria complementar que série cancelada não conta, séries bíblicas da Rede Record nem pensar, mas temporadas completas exibidas em 2020 e que EU consegui, enfim, assisti. E as séries não decepcionaram neste ano. O nível de conteúdo pode não ter gerado um fenômeno global como “Game Of Thrones”, mas foi o suficiente para revelar novas estrelas e entregar ótimas histórias. Após muitas discussões, reuni as minhas 10 séries favoritas do ano de 2020. Para a lista, só valem obras que foram exibidas no Brasil — seja na TV ou pelo streaming. Mas antes disso, já fica aqui a minha menção honrosa para programas que não tiveram temporadas completas, mas soltaram episódios especiais que abalaram nossos corações, mesmo que nem tudo que estejam nas plataformas são dignos de gastar o seu tempo!
1 LUGAR: O Mandaloriano – Star Wars
Primeira série live-action da franquia Star Wars, “The Mandalorian” tinha uma missão ingrata pela frente. Além de ser apresentado como o carro chefe do então recém-anunciado serviço Disney+, o programa ainda tinha que restaurar a confiança do público na franquia, que lançou três filmes que dividiram opiniões de forma seguida. Com pouquíssimas informações sobre a trama, a produção surpreendeu já em sua estreia. Afastando-se do clima de novelão que a saga Skywalker abraça cansativamente desde 1977, a produção encontrou sua base em faroestes típicos dos anos 1960, como “Por Um Punhado de Dólares” ou “Três Homens em Conflito”. Fazendo referência às lutas antes dos saques de pistola, mas “The Mandalorian” ainda explorou cantos mais “sujos” de Star Wars, mostrando planetas, civilizações e criaturas longe dos holofotes políticos e das batalhas monumentais da saga. Esse distanciamento, porém, ajuda a série a agradar tanto recém-chegados à franquia, que vão sendo apresentados aos seus conceitos de maneira mais intimista, quanto aos fãs mais fervorosos, que recebem a necessária dose de referências em cada cena do primeiro ano. E, de certa forma, “The Mandalorian” quebrou mesmo todas as expectativas: a série é boa pra caramba. E essa unanimidade é conseguida ao fazer algo que nenhum dos filmes da última trilogia conseguiu entregar: apresentar um conceito totalmente novo de o que é uma história de Star Wars sem a necessidade de envolver personagens e eventos do passado. Fora que o Bebê Yoda é a cereja do bolo! Uma criança que não consegue se virar sozinha, cheira de curiosidade e fofa demais que usar a Força que a esgota de uma forma que ela sempre precisa tirar uma longa soneca depois. Assim, a missão de Mando se torna clara: ele precisa garantir a proteção da Criança, que continuará sendo caçada pelas tropas imperiais enquanto estiver viva. Mestre Yoda que me perdoe, mas a série do Disney+ é mais Star Wars que qualquer filme da nova trilogia. A segunda temporada superou a primeira, conseguindo unir cenas adoráveis com Baby Yoda, ótimas sequências de ação e o carisma de Pedro Pascal à nostalgia da saga Star Wars, desde a filosofia dos Jedi até lutas de sabre de luz de arrepiar.
Raised By Wolves
2 LUGAR: Raised By Wolves
A 1ª Temporada de “Raised By Wolves” foi uma verdadeira surpresa neste ano tão estranho, especialmente do meio para frente. Aqui estão assumidas todas as características que esperávamos de uma obra com a mão de Ridley Scott na produção, da HBO Max, e isso tornam as coisas ainda mais complicadas para todo mundo em Kepler 22-B, dos que já estavam lá até os recém-chegados, que certamente terão muita dor de cabeça assim que aterrissarem aquela gigantesca nave ateia. A série mostra dois androides que tem como missão se “reproduzir” e cuidar de seis crianças (de raças diferentes) como ateus em um misterioso planeta – que cena linda quando uma das crianças nasce sem respirar… aí não vou contar mais… E tem outra: já viram algum androide chorando? Enquanto isso, uma colônia de humanos se divide por questões religiosas, esses androides aprendem de uma maneira difícil como lidar e controlar as pessoas. Cheio de referências judaico-cristãs a série, logo no primeiro episódio, me deixou impactado! Se primeira temporada foi marcada por uma força da religião na tentativa de dominação do lugar, mas o diretor já sinaliza para o revés de Marcus, Paul e outros adolescentes religiosos acreditando na existência do Sol, o que muito rapidamente deverá trazer os conflitos mais fortes do segundo ano. Mas isso são hipóteses. O que temos aqui é uma indicação de que a colonização do planeta deverá começar agora, e isso é preocupante de tantas maneiras que fica difícil medir. E o que foi aquele filhote-cobra gerado virtualmente na Mother e que parece ter alguma ligação com a civilização que dominou aquele lugar e, por algum motivo, involuiu? No elenco tem aquele modelo que virou ator, o Travis Fimmel, da série “Vikings”. Tô curtindo e recomendo!
The Boys
3 LUGAR: The Boys
A primeira temporada de “The Boys” chegou ao Amazon Prime Video (exibida também no SBT) como uma grata surpresa. Ela é uma daquelas obras que você não sabia que precisava consumir até terminar uma sangrenta maratona de oito episódios que adaptavam uma das mais polêmicas HQs da indústria. Após ganhar toda a atenção de quem ama, e especialmente de quem odeia super-heróis, a série deu a si mesma a ingrata missão de manter o alto nível para seus próximos anos. Felizmente, a 2ª Temporada marcou uma evolução para a produção, que entra para a lista de grandes lançamentos de 2020. Na trama, o mundo vive com a presença de pessoas superpoderosas. Seja um homem invisível, o mais rápido, o mais forte ou o mais elástico, o que se vê é uma variedade enorme de super-humanos. Mas o mundo não é a utopia vista nos quadrinhos e filmes, onde o herói é íntegro e a maldade vem apenas dos vilões. Imagine que as pessoas comuns do seu dia a dia tivessem poderes. O sujeito babaca do trabalho, a vizinha venenosa, o parente grosseiro. Aqui, a grande maioria dos poderosos são imbecis egocêntricos, mentirosos compulsivos que abusam dos poderes em benefício próprio. É uma leitura sincera do que aconteceria caso sobre-humanos surgissem na nossa sociedade atual. Sensacional!
Carnival Row
4 LUGAR: Carnival Row
Senhoras e senhores nerds e amantes de séries, a corrida na busca pelo novo “Game Of Thrones” já começou, pelo menos até o “House Of The Dragon” não começar. Com o final tosco da jornada dos famosos dragões da Daenerys Targaryen, ficamos órfãos de uma boa série de fantasia tentando conquistar os corações de fãs saudosos. Chega então a Amazon, em uma parceira com a PrimeVideo, com o lançamento da ambiciosa e cativante “Carnival Row”, já prometendo ser uma das novas apostas da plataforma, pois sua renovação para a segunda temporada já foi garantida antes mesmo da primeira temporada acabar. De forma bem resumida, a história acompanha uma sociedade vitoriana recheada de confrontos entre humanos e séries mitológicos, como fadas (aqui chamadas de faes), centauros, demônios da noite, duendes, bruxas e por aí vai… Enquanto a comunidade do Burgue vive em eterno clima de tensão, a série é centrada no amor improvável entre o quase humano Rycroft (Orlando Bloom) e a fae Vignette Stonemoss (Cara Delevingne). A série tem uma premissa bem interessante que mostra uma era vitoriana com um filtro de fantasia e distopia. Aqui, humanos, fadas, faunos e outras criaturas mágicas convivem juntas (ou quase) em um mundo cheio de violência e muito preconceito (racismo, xenofobia, segregação e violência contra as mulheres – as fadas por total falta de oportunidades acabam indo para a prostituição). E observando a criação de tal universo fantástico, é até curioso perceber que trata-se de uma história bastante original, sem ser baseada em alguma saga literária. A ideia surge de um roteiro cinematográfico escrito por Travis Beacham — também produtor junto com René Echevarria — que acabou virando série, ao longo dos anos, chegando a ter Guillermo del Toro (do “Labirinto do Fauno”) na equipe, brevemente. No entanto, ainda que tenha temas relevantes, a série não perdeu força por conta dos clichês, como muitos jornalistas têm escrito por aí. Eu gostei bastante! E a cena do fauno negão transando com a branca burguesa é de arrepiar – fantasia sexual de muita gente, que eu sei! Pois ame ou odeie quando for vê-la com seus próprios olhos, “Carnival Row” constrói uma mitologia gigante capaz de intrigar os fãs do gênero. Gostei muito!
Titãs
5 LUGAR: Titãs
Ando tão aborrecido com estes últimos lançamentos pífios envolvendo hérois de HQs que fiquei até surpreso de ter gostado da série “Titans”. Apesar de ser descrita como uma série live-action de “Os Jovens Titãs”, a trama em si é focada no relacionamento entre Dick e Rachel — também conhecidos como Robin e Ravena. Ele está fugindo do seu passado em Gotham City, aparentemente também da sua relação estranha com o Batman (abuso sexual?). E desde o primeiro “F*ck Batman” dito por Dick Grayson no trailer, prometia investir num lado mais obscuro do personagem, algo bem diferente das coloridas séries que estams acostumados. Num modo geral, o resultado até surpreendeu, mas está longe de ser perfeito. Já Rachel possui um poder interior maligno que não consegue compreender, sendo caçada por organizações misteriosas. A ideia não é ruim. Afinal, ambos precisam lidar com a escuridão dentro de si e constroem um laço que questiona o significado de família. O problema é que os outros membros importantes do grupo de heróis são esquecidos, mesmo tendo grande potencial. Kory/Estelar ainda ganha alguns momentos de destaque, mas Gar/Mutano é praticamente um coadjuvante de luxo. Contudo, mais sombria de que nunca, a séria é também muito sangrenta e faz questão de explorar esse lado violento logo nos primeiros minutos para assim mostrar a todos do que se trata esta adaptação para TV fechada. Esse tom geralmente é exemplificado nas cenas envolvendo o Dick Grayson com todo o seu conflito interno causado pelo tempo acompanhando Batman. Por sinal, “Titãs” não faz questão nenhuma de esconder o Universo DC. Em diversos momentos, personagens como o Batman, Coringa, Mulher-Maravilha, Moça-Maravilha, Superman, até o Super Cão, entre outros, são citados na maior naturalidade possível, o que anima aos fãs.
Urderground – Uma História de Resistência
6 LUGAR: Urderground – Uma História de Resistência
Maratonei “Underground – Uma História de Resistência” – com a mesma temática de “Lágrimas Sobre o Misssissippi” e “O Nascimento de uma Nação”. Será que a militância dos intelectuais da brancolândia baiana vai me cancelar por tá assistindo essa série? Espero que sim! Pois li essa semana uma crítica no Jornal A Tarde sobre essa série metendo o pau. Mas eu adorei! Que elenco maravilhoso para falar de liberdade e sangue! Mesmo tendo sido cancelada com a sexta maior audiência da TV paga americana pelo canal WGN, a série “Underground – Uma História de Resistência”, encerrando sua experiência no gênero, conquistou a crítica e atraiu grandes audiências. A WGN America registrou a maior audiência de sua história graças a “Outsiders” e “Underground”, suas duas últimas séries. A primeira já foi cancelada e agora “Underground” sai do ar como a 6ª atração mais vista da TV paga americana. A decisão foi tomada após o conglomerado que é dono do canal ser colocado à venda, o que levou ao congelamento de seus investimentos. Por sinal, os custos elevados são citados como entraves para as continuidades das duas séries em outros veículos. Criada por Misha Green (roteirista da também excelente “Spartacus”) e Joe Pokaski (roteirista de “Demolidor”), “Underground” se passava na época da escravatura. Repleta de ação, com direito a fuga e rebelião de escravos de uma grande plantação do sul dos Estados Unidos, a série emplacou com grande audiência, assistida ao vivo por 3 milhões de telespectadores e chegando a ter 120% de aumento em seu público com reprises e outras plataformas. A série gira em torno de um grupo de escravos da Geórgia que decide criar um plano de fuga e recebem ajuda de abolicionistas brancos e ex-escravos que fazem com que os negros escravos consigam ficar em liberdade, meio a vários mercenários e capitães do mato que pretendem pegá-los a todo custo. Gostei muito!
Bom Dia, Vêronica
7 LUGAR: Bom Dia, Vêronica
Antes de começar a falar sobre “Bom Dia, Verônica” em si, depois de assistir, eu não poderia me furtar à responsabilidade de abrir o texto com uma seção de advertência. Todo mundo que fala e é ouvido por alguém tem uma obrigação moral de passar a mensagem certa, de tratar temas tão presentes no cotidiano da nossa distopia chamada Brasil com decência, com respeito. Por não sentir que o pequeno aviso no fim dos episódios com um link – que foi o caminho adotado pela produtora – seja correto, este é o meu: ALERTA DE MÚLTIPLOS GATILHOS. Pois, apesar de ter gostado muito do texto do Raphael Montes e Ilana Casoy, acho que “Bom Dia, Verônica”, a série da Netflix, cai no dilema total de romantizar a violência gerando ainda mais violência, pois vivemos em uma sociedade hipócrita onde a palavra da mulher sempre é desacreditada, onde vítimas são taxadas de loucas ou dramáticas (*veja o caso da Dani Calabresa vs Marcius Melhem), e onde o status é mais importante do que o caráter da pessoa — por muitas vezes, inclusive na hora de enfrentar a justiça. A série, mesmo com uma classificação indicativa correta – que acaba sendo ignorado pela maioria – trata de violência, de abuso, de corrupção, de estupro, de homicídio (miliciano), de suicídio, da violência contra as mulheres. Nenhum desses temas merece ser romantizado ou glamorizado como a brutalidade policial foi feita por alguns diretores brasileiros. Mas devemos falar dessas coisas quando a conscientização e formalização de canais de apoio é oferecido. Lançada originalmente com a assinatura de “Andrea Kilmore” em 2016, a obra era na verdade uma produção a quatro mãos de Montes/Casoy, onde o enredo do livro/série segue as investigações da escrivã Verônica Torres. vale lembrar que Montes já vem de uma trajetória consolidada (mesmo sendo um autor muito jovem) no romance policial, publicando livros como “A Mulher no Escuro”, “Suicidas”, “Jantar Secreto”, entre outros, ; e a criminóloga Casoy escreve na linha de não-ficção, no caso de “Arquivos Serial Killers: Made in Brazil”. O fruto do trabalho a quatro mãos é esse “Bom Dia, Verônica”, um thriller centrado principalmente numa escrivã de polícia que leva uma vida burocrática como secretária do delegado Carvana. Mas tudo muda logo no início do livro, quando a narradora testemunha um suicídio inesperado e recebe a ligação anônima de uma mulher clamando por sua vida. Então, Verônica aproveita a oportunidade e decide mergulhar sozinha nos dois casos. gostei da pegada, apesar de achar que a série pecou com relação a romantização da violência, coisa que é muito comum nas novelas toscas da Rede Globo. Mas é preciso que se diga também que “Bom Dia, Verônica” não é uma série para todos os públicos. Sim, existem cenas violentas na narrativa, indicada apenas para maiores de 18 anos, mas nem é apenas por isso. O que embrulha o estômago é perceber como trata-se de uma história que não está muito longe da realidade.
Siren
8 LUGAR: Siren
Todos sabem que as sereias são criaturas mitológicas que personificam o mar e os perigos que ele representa. A maioria dos povos que vivem perto dos oceanos possuem suas próprias lendas e histórias envolvendo essas criaturas, quase sempre descrita como metade mulher, metade peixe e com um belo canto que é capaz de arrastar os homens até a água onde acabam morrendo afogados- o que tão bem foi mostrado em “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”. Mas existe uma grande dificuldade do público em se manter apegado aos personagens quando o cast é quase inteiro desconhecido, aliado a isso a total falta de carisma dos atores selecionados acabam tornando a série tediosa e facilmente esquecível, além do elenco de pescadores nessa história de terror que é sem dúvida a parte mais intragável da série, e não tem como nem torcer pelos personagens porque mal da para lembrar o nome deles, e a relevância para a trama é também quase zero. Mas “Siren” deixa de lado o clichê da sereia boazinha e humanizada em outras obras como “A Pequena Sereia”, da Disney, “Splash – Uma Sereia em Minha Vida”, “Harry Potter e o Cálice de Fogo” e o mundo mitólogico em “As Crônicas de Nárnia”. Mas em “Siren”, que se passa na cidade costeira de Bristol Cove (conhecida por ter sido o lar de sereias), que recebe a visita de uma garota misteriosa chamada Ryn, que pode provar que as lendas das sereias são mais reais do que todos pensam. Ryn acaba virando a pacata cidade de cabeça para baixo enquanto procura por sua irmã Donna que foi capturada. Então dois biólogos marinhos acabam se envolvendo na história e passam a ajudar Ryn em sua missão. A cidade também é lar do pescador Xander, que luta para descobrir a verdade sobre as coisas estranhas que estão ocorrendo no mar e da excêntrica Helen, a dona de uma loja que entende tudo sobre sereias. A série é boa, mas eu esperava mais!
Bárbaros
9 LUGAR: Bárbaros
“Bárbaros”, da Netflix te estilo de “Vikings” e recria a batalha da Floresta de Teuteburgo com roteiro raso, atuações ruins e diálogos constrangedores, mas consegue atrair o público. A série acompanha a famosa Batalha de Teutoburgo, no ano 9 d.C., quando guerreiros germânicos tentam impedir que as tropas do Império Romano avancem para o norte. Em meio ao confronto sangrento, estão três jovens que se veem divididos entre a inocência e a culpa, a lealdade e a traição, o amor e o ódio – além das obrigações com a religião. Arminius é um valente soldado e filho adotivo do governador romano Varus; Thusnelda é uma princesa germânica que deixa sua tribo para liderar um ataque contra os inimigos; já Folkwin é um guerreiro do mesmo clã que se junta a Thusnelda em defesa da Germânia. O destino faz com que eles se encontrem, e isso pode mudar o curso da História. Se você ama série histórica com matança e sexo, “Bárbaros” talvez seja do seu interesse. A série alemã, exclusiva da Netflix, estreou no catálogo do serviço de streaming e já ocupa os primeiros lugares no ranking de audiência.
Em Nome de Deus
10 LUGAR: Em Nome de Deus
Essa série é uma desconstrução fiel ao poder do silêncio. Seguindo a denúncia apresentada em dezembro de 2018 no programa Conversa com Bial, o médium autointitulado João de Deus foi acusado e condenado por crimes de abuso sexual em centenas de mulheres e posse ilegal de armas. A derrocada do religioso foi uma surpresa para muitos, mas já esperada por vários. O que ficou claro, a cada depoimento, foi o motivo da impunidade por mais de quarenta anos: o silêncio. O que acabou gerando o documentário “Em Nome de Deus”, uma produção da Globoplay junto ao Canal Brasil, que segue uma excelente linha de produções como “Bandidos na TV” e “Marielle”. Na série sobre João de Deus, a linha do tempo traçada juntamente aos fortes depoimentos revelam uma imagem diferente da presente no imaginário popular de muitos brasileiros: um homem poderoso e inescrupuloso. “Em Nome de Deus” faz brilhante trabalho jornalístico e expõe as denúncias de abusos de João de Deus. Para quem quiser saber mais, leia uma matéria que fizemos aqui no Cabine na época do lançamento da série e que gerou ainda um elogio do próprio Pedro Bial no seu programa na Globo: https://cabinecultural.com/2020/08/02/serie-em-nome-de-deus-mostra-os-desvios-e-o-mercantilismo-da-fe/
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