Crânio do período neolítico com trepanação (Foto Natural History Museum)
Trepanação
O que é trepanação?
Trepanação vem do grego: trupanon = broca, e nada mais é do que uma intervenção cirúrgica que consiste em fazer uma perfuração no crânio. Na antiguidade, ela era praticada com fins religiosos e/ou místicos como exorcismo e também fins terapêuticos para o tratamento de doenças mentais como epilepsia por exemplo.
Indícios arqueológicos mostram que inicialmente a trepanação era realizada usando pedras pontudas para fazer a perfuração do crânio, e posteriormente, na era do bronze, período que os nossos ancestrais já sabia manipular metais, a trepanação já era realizada com uso de bisturis e serras primitivas.
Crânios incas trepanados – Reprodução Universidade de Miami
Bart Huges (1934-), formado em Medicina, mas que nunca praticou a profissão exceto a auto-cirurgia com autotrepanação, acredita que a trepanação é o modo de conseguir maior consciência.
Em 1965, após muitas experiências com LSD, cannabis e outras drogas, Huges compreendeu que o caminho para a iluminação era através da trepanação, e com uma perfuradora elétrica, um escapelo e uma agulha hipodérmica (para administrar uma anestesia local) ele se autotrepanou.
Bart Huges
Huges conseguiu atrair alguns seguidores, um dos mais conhecidos é o britânico Joe Mellen, um ex-beatnik que usou uma furadeira elétrica para fazer um buraco no próprio crânio realizando a autotrepanação… Segundo ele, o objetivo era ficar permanentemente “chapado”.
Joe e Amanda Feilding – Foto de Strange Attractor Press
Hoje, na medicina atual, a trepanação ainda é usada, mas respeitando todos os tratados éticos e protocolos cirúrgicos e apenas com fins terapêuticos.
Há relatos de que Felipe Massa tenha se submetido a trepanação para aliviar edema cerebral em acidente.
Há relatos de que Felipe Massa tenha se submetido a trepanação para aliviar edema cerebral em acidente
E aí, você teria coragem de passar por este procedimento cirúrgico?
Sobre a autora
Alana Farias
Alana Farias é professora, doutoranda em neurociências e fundadora do Neuro-In, um grupo de consultoria e pesquisa, especializado em ciências cognitivas e comportamento humano. Para conhecer mais do seu trabalho siga-a no Instagram em @neuro.in e no site: http://neuroin.com.br/
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