Um estranho no lago – Divulgacao
Quatro produções inéditas na Bahia integram a mostra de filmes estrangeiros do IX Panorama Internacional Coisa de Cinema. A programação se inicia na abertura do festival, em 31 de outubro, às 20h30, com a exibição do filme francês Um estranho no lago, de Alain Guiraudie. Com grande repercussão por onde passa, a produção foi premiada como melhor direção na mostra Un Certain Regard em Cannes e ocupou a capa da tradicional revista Cahiers du Cinema.
A trama se desenvolve no verão, à beira de um lago isolado onde homens realizam encontros sexuais com desconhecidos. Franck conhece Michel e se apaixona. Ele sabe que Michel é mortalmente perigoso, mas decide viver essa paixão mesmo assim. O diretor cria um clima perturbador, que evoca o mestre do suspense Alfred Hitchcock, quem ele considera referência obrigatória para quem se interessa pelo cinema como mídia.
Quando eu era sombrio – Divulgacao
Premiado em Locarno, no IndieLisboa e em festivais realizados na Espanha, Canadá e Áustria, Leviathan, de Lucient Castaing-Taylor e Vérena Paravel é uma coprodução França/EUA/Reino Unido. O documentário leva o espectador a um mergulho no mundo da pesca comercial, oferecendo uma experiência cinematográfica puramente visceral.
Filmado a bordo de um enorme pesqueiro navegando na costa da Nova Inglaterra (mesmo “cenário” de Moby Dick), o filme captura detalhes assombrosos, e ainda assim belos, do cotidiano dos pescadores. “Para mim, um dos filmes de suspense e terror mais fortes realizados nos últimos anos. Uma visita ao inferno, num belo ensaio”, comenta a coordenadora do Panorama, Marília Hughes. O filme será exibido em duas sessões no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha: 03/11 às 16h55 e 06/11 às 14h40.
O ato de matar – Divulgacao
O Panorama Internacional traz também Quando eu era sombrio, de Matthew Porterfield, premiado nos festivais de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici) e de Atlanta, além de exibido nos festivais de Sundance e Berlim. O filme apresenta uma fugitiva da Irlanda do Norte que procura refúgio na casa de tios em processo de separação.
É uma história de revelações familiares, pessoas se encontrando e se deixando, procurando amor onde antes encontraram e, quando isso não acontece, descobrindo onde podem encontrá-lo. As sessões acontecem no dia 1º de novembro, 13h10, e em 03/11 às 15h10.
Um estranho no lago
Fechando a seleção, o polêmico filme dinamarquês O ato de matar, de Joshua Oppenheimer, vencedor do prêmio do público do último Festival de Berlim. Com bases documentais, a produção reencena a história que quer contar usando pessoas realmente envolvidas nos fatos. Os personagens integraram o esquadrão da morte que assassinou mais de um milhão de pessoas na Indonésia logo após o golpe militar de 1965. Eles vivem como heróis no país e narram seus crimes representando tanto o algoz quanto a vítima.