Panorama
Panorama – Um dos destaques da programação do principal Festival de Cinema na Bahia, é a Jornada de Clássicos em película. Com apoio da Cinemateca do MAM/RJ e da Cinemateca da Bahia, o ciclo movimenta a Sala Walter da Silveira de 31 de outubro a 2 de novembro, sempre com sessões gratuitas
Para Guido Araújo, o “senhor das Jornadas”
Nascido em meio ao caos, para registrar os horrores da Guerra, durante o Segundo Grande Conflito Mundial na primeira metade do século passado; o formato 16 mm também fez o cinema ficar ainda mais perto de nós por, pelo menos, cinco décadas.
A mobilidade do suporte e, sobretudo, dos projetores portáteis permitiu que os cineclubes florescessem ao redor do mundo, como resistência à lógica mercantil da indústria cinematográfica. O 16 mm fez a experiência de compartilhar imagens algo íntimo, quase religioso.
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Na Bahia, “alimentou” o Clube de Cinema”, capitaneado pelo crítico Walter da Silveira; além dos principais festivais e mostras realizados no Estado, inclusive as saudosas “Jornadas”.
Hoje é vestígio, afeto e pele – marcado pela passagem do tempo. Quando se pensa em resgatar as exibições em película, para reencontrar aquela calorosa tessitura, o 16 mm emerge dessa paixão povoado de lembranças, sons e cheiros.
A trilha aberta pelo cineasta e educador Guido Araújo, criador e “senhor das Jornadas”, continua estreita – à semelhança da bitola em 16 -, mas frondosa de utopia e fé.
Acreditar, por exemplo, num “mundo mais humano”( leitmotiv de todas as Jornadas de Cinema da Bahia) – e celebrar tal sacerdócio como quem presencia uma ressurreição, é apenas o começo dessa jornada. É a pele que habitamos, na sua fragilidade e resiliente presença.