Cinema

Ismos para Entender a Arte

Tal como a versão cinematográfica, o Ismos para Entender a Arte é um interessante guia que proporciona ao leitor uma bela viagem pela história da arte ocidental, partindo do Renascimento (Classicismo, Humanismo) até chegar em estilos mais contemporâneos, como Minimalismo e Futurismo.  Com uma abordagem bastante informal, o livro passeia pelos principais movimentos da história da arte ocidental, do Renascimento até o Pós-modernismo. Mais do que formar experts, seu objetivo é adicionar prazer na busca do conhecimento.

O autor Stephen Little – editor do site da Royal Academy of Arts – explica os diferentes ismos de maneira clara e abrangente, facilitando a compreensão acerca das maneiras pelas quais a história da arte é moldada (e, por vezes, contestada) por artistas, críticos e historiadores. Ele consegue, com bastante esforço, esmiuçar gêneros, tendências, movimentos artísticos de modo bem didático e acessível, criando uma vontade no leitor de se aprofundar mais em algum movimento específico. Por conta da abrangência, claro que a superficialidade acaba imperando neste livro, servindo muito mais como ferramenta introdutória para o amante das artes.

Ainda assim, tudo que de mais relevante foi criado, foi concebido pelo mundo ocidental, está na obra: Rafael, Da Vinci, Cézanne, Van Gogh, Salvador Dalí, todos os grandes artistas foram mencionados e colocados em suas respectivas tendências artísticas.

Sua divisão é bem didática e logo na introdução o autor explica o que ele chama de quatro ‘ismos’ que o livro abordará. O primeiro ‘ismo’ aparece especificamente nas artes visuais e constituem uma tendência ampla, que afeta o trabalho de muitos artistas diferentes. A arte Perspética, por exemplo, aparece no trabalho da maior parte dos pintores do Renascimento, mas nenhum deles teria descrito a si mesmo como ‘Perspectivista’.

Obra de Salvador Dali

O segundo ‘ismo’ (Tendência Cultural Ampla) foram movimentos de grande impacto não apenas sobre a arte, mas sobre a cultura como um todo. O Romantismo é um ótimo exemplo deste segundo ‘ismo’.

O terceiro – Movimento definido por Artista – abrange todos os movimentos que foram definidos ou promovidos por próprios artistas, como os futuristas, que chegaram a lançar manifestos e fizeram declarações publicas sobre o significado de seu movimento, de suas aspirações, o tipo de relação (ou de ruptura) com a arte do passado e sua visão de futuro.

Por último, vem a denominação aplicada retrospectivamente, que são movimentos definidos por críticos ou historiadores e que seu significado pode ser contestado. Por exemplo, o termo Maneirismo, que foi inventado pelos seus detratores.

Eficiente na função de guia, de introdução à história da arte ocidental, Ismos para Entender a Arte é um ótimo presente para todo e qualquer ser que possua algum interesse pela história. Seu principal objetivo talvez seja somente o de atiçar a curiosidade do leitor, que a partir da sua leitura, irá procurar estudar e vivenciar a arte de modo mais aprofundado e constante.

Somente por isso, sua leitura já é recomendável.

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