Crítica

Crítica “O Declínio”: ser humano espera catástrofe sem estar preparado

O Declinio

Novo filme da Netflix, O Declínio é uma amostra do que poderia vir a ser o planeta com grandes catástrofes como por exemplo o Coronavírus

É muito fácil se perder o controle. E quando se perde, só merda acontece. Essa frase poderia resumir o filme “O Declínio”, lançado recentemente pela Netflix, mas também poderia caracterizar nossa sociedade, que por mais que a achemos sólida e segura, basta que algo razoável aconteça para que as coisas saiam completamente do seu rumo.

E este é o momento mais oportuno para se falar isso, pois bastou um vírus, que traz perigo sobretudo para idosos, se alastrar pelo mundo para que toda a nossa vida tenha sido paralisada.

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“O Declínio” de certa forma prevê que algo assim aconteça e as consequências podem ser sérias.

O filme

Antoine, um pai de família, decide fazer o curso de treinamento em sobrevivência do professor Alain. Em um local autossustentável, as turmas passam por simulações que abordam todos os tipo de apocalipse, resultantes de colapso natural, econômico ou social. Mas a tragédia que os espera não é nada que poderiam ter previsto.

Os primeiros 30 minutos da história soam arrastados, serve apenas para entendermos o contexto. Um grupo de pessoas que esperam que algo de grandioso aconteça no mundo a qualquer momento e por isso se preparam para sobreviver quando tal momento chegar. Saber estocar alimentos, se defender de inimigos, caçar animais, uma série de ações que quem dominar terá mais chances de sobreviver.

Porém em uma destas ações uma das pessoas do grupo morre. E basta que isto aconteça para absolutamente tudo ruir. O ser humano, sem conseguir racionalizar, põe todo o universo a perder. No caso do filme, não dá para afirmar que é algo ruim, pois o que destrói aquele mundo perfeito é uma ação que nos torna bons humanos, que é a capacidade de nos importar com os outros.

Se o rapaz outrora morto fosse enterrado e a vida continuasse normalmente para aquele grupo de pessoas, certamente não teríamos uma trama de aventura e mortes. Entretanto a mensagem passada para o público seria das piores.

Então o filme apresenta este dilema, destruir tudo por conta de princípios morais ou ser racional e ao mesmo tempo insensíveis?

O elenco é formado por Guillaume Cyr, Guillaume Laurin, Isabelle Giroux e Marc-André Grondin. Por sua vez, a direção fica por conta de Patrice Laliberté. 

“O Declínio” do meio para frente se torna uma boa trama de aventura, tiros e mortes. Tudo fica meio raso por conta da briga de gato e rato. Mas a mensagem passada no início da produção, quando o roteiro estava arrastado, até que nos faz pensar um pouco em como nossa sociedade é facilmente destruída.

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