Crítica

Crítica: TNT exibe nesta segunda a comédia “Até que a Sorte nos Separe”, com Leandro Hassum

Até que a sorte nos separe Foto de Gabriel Borges

Filme será exibido nesta segunda, 31 de julho, às 22h30; será que vale a pena ficar em casa e assistir?

O canal fechado TNT exibe nesta segunda a comédia nacional “Até que a Sorte nos Separe”, primeiro filme da saga estrelada pelo humorista Leandro Hassum.

Até Que A Sorte Nos Separe – (2012) Comédia, Brasil, 10 anos. Direção: Roberto Santucci. Com Leandro Hassum, Danielle Winits, Kiko Mascarenhas.

Sinopse
Tino é um pai de família comum que vê sua vida virar de ponta a cabeça após ganhar na loteria. Levando uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane, ele gasta todo o dinheiro em 15 anos. Ao se ver quebrado, Tino aceita a ajuda do vizinho Amauri, um consultor de finanças super burocrático e que por sinal vive seu próprio drama ao enfrentar uma crise no casamento com Laura.

Crítica
Até que a Sorte nos Separe, de Roberto Santucci, oferece ao mais atento espectador um dos usuais dilemas que o cinema pode trazer na bagagem: o que achar de um filme tecnicamente ruim, mas que ao fim das contas te faz bem? A diversão e as gargalhadas que a história proporciona pode apagar da memória o fato dele carecer de quase tudo que faz um bom filme ser considerado um bom filme? Ou essas duas perspectivas podem conviver bem?

Bem, falando da história, temos Tino (Leandro Hassum) que é um recém pai de família que vê sua vida virar de ponta a cabeça após ganhar na loteria. Levando uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane (Danielle Winits), ele consegue a proeza de gastar todo dinheiro num período de 15 anos. Falido, ele aceita a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas), um consultor de finanças racional que vive seu próprio drama ao enfrentar uma crise no casamento com Laura (Rita Elmôr). Tentando evitar que Jane descubra que ele perdeu tudo Tino se envolve em várias confusões para fingir que tudo continua bem. Para isso, conta com ajuda do melhor amigo, Adelson (Aílton Graça), e dos filhos. O longa-metragem é inspirado no Best seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, de Gustavo Cerbasi.

É bem percebível que todo o projeto foi construído para fazer com que Leandro Hassum – já bastante famoso por possuir uma das expressões faciais mais hilárias da televisão brasileira – se sobressaísse frente aos demais. Nada mais natural, afinal de contas ele conseguiu merecidamente se transformar em um dos grandes nomes do humor no Brasil. Um dos problemas do filme reside justamente nesta escolha. A liberdade narrativa dada ao personagem fez com que Tino (e Leandro Hassum) soasse em muitas das vezes exagerado. Este tom caricatural, que até ofereceu algumas risadas, trouxe muito mais prejuízos que lucros para o resultado final do filme. E analisando com mais atenção, percebe-se o quão realmente irritante essa caricaturização do protagonista soou para a história. Mas é bem provável, entretanto, que a produção do projeto não esteja tão preocupada com a abordagem, já que este exagero pode ser considerado um dos elementos que fizeram de Até que a Sorte nos Separe um grande sucesso de bilheteria.

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